Ex-marido da presidente Dilma é ameaçado de sequestro
O pedetista Carlos Araújo, ex-marido da presidente Dilma Rousseff (PT), ficou sob segurança máxima da Polícia Federal (PF) por uma semana por risco de sequestro. A denúncia do sequestro foi feita por um iraniano que cumpre pena por tráfico de drogas no Presídio de Mossoró (RN). Ele teria passado informações de dentro do presídio para tentar ganhar algum benefício.
O preso avisou o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) que uma organização criminosa planejava sequestrar Araújo. Mesmo sem que o iraniano apresentasse provas, a informação repassada ao Ministério da Justiça impactou o governo e teria deixado a presidente preocupada.
Quando Dilma foi avisada do risco de sequestro, pediu prioridade máxima à PF para investigar o caso. A Direção Geral da PF confirmou a operação e informou que o departamento de inteligência foi acionado para “garantir a integridade” de Araújo. Segundo a PF, foram feitas todas as investigações e se concluiu que não havia plano em andamento. Na tarde do dia 2 deste mês, Araújo estava comprando flores perto de sua casa, na zona Sul de Porto Alegre, quando recebeu o telefonema da presidente, que teria pedido que ele fosse imediatamente para casa. O pedetista foi informado por um grupo de agentes da PF e pelo superintendente do órgão no Rio Grande do Sul, Sandro Caron, que havia risco de ser sequestrado e que passaria a ficar 24 horas sob vigilância da polícia. O esquema de segurança durou sete dias.
A casa de Araújo foi considerada vulnerável pela polícia, que cercou-a de agentes à paisana, armados e com escutas. Por precaução, e pelo fato ter ocorrido em uma sexta-feira, explicou um delegado da PF que participou da operação, a decisão foi de manter Araújo em segurança máxima por sete dias, sendo que, nestes casos, o prazo é, em média, 48 horas. “Como se tratava de familiar da presidente, tivemos ainda mais cautela”, comentou.