“Se o Brasil não der asilo a Snowden, estenderemos o convite ao Mercosul”, diz Miranda

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Com público usando máscaras com o rosto de Edward Snowden e se abanando muito devido ao forte calor, o debate “Soberania digital e vigilância na era da internet” movimentou na tarde desta sexta-feira (24) a Casa de Cultura Mário Quintana (CCMQ), em Porto Alegre. O evento fez parte do primeiro dia do Conexões Globais e teve a presença de especialistas no assunto, como David Miranda, companheiro do jornalista americano Glenn Greenwald e coordenador do projeto que prevê asilo ao ex-funcionário da CIA e da Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), Edward Snowden. 

Estiveram na discussão, além de Miranda, Sérgio Amadeu, integrante do Comitê Gestor da Internet no Brasil; Antônio Martins, jornalista e ativista; e Demi Getschko, via webconferência, diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). O teatro Bruno Kiefer, no sexto andar da Casa de Cultura, ficou lotado de blogueiros, ativistas e defensores da democratização da internet para ouvir as ideias dos convidados. Mediado pelo secretário de comunicação do governo do Estado, João Ferrer, o debate discutiu as denúncias feitas por Edward Snowden sobre a espionagem de governos e corporações em cima do usuário comum da rede.

De maneira tímida, o grande convidado do diálogo, David Miranda defendeu que o País deve conceder asilo a Edward Snowden para que a população consiga entender a gravidade dos documentos por ele obtidos. “Ele (Snowden) não pode estar aqui nesse debate para explicar o que esses documentos representam e o que nós devemos fazer para nos proteger. Por isso é que o Brasil precisa ceder asilo a Snowden”, sustentou. 

Outra questão abordada por Miranda é a possível rejeição da David Miranda (e) defende que o País deve conceder asilo a Edward Snowden