Procurador deve apresentar alegações finais

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O procurador da República Ivan Cláudio Marx concede coletiva nesta quinta-feira em Santa Maria para mais um encaminhamento envolvendo a ação penal da Operação Rodin. A expectativa é de que o Ministério Público Federal (MPF) formalize as alegações finais da acusação contra os 32 réus do processo oriundo de investigação da Polícia Federal, que em 2007 apurou o desvio de R$ 44 milhões do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Caso a acusação apresente as alegações finais, o próximo passo é a defesa também expor suas alegações. Entre os réus, estão o ex-presidente do Detran Flávio Vaz Netto e o ex-reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Jorge Sarkis. A estimativa do MPF é de que a sentença possa ser formulada até o fim do ano.
No final do mês passado, a Justiça Federal havia publicado o despacho do juiz Loraci Flores de Lima estipulando em 30 dias o prazo para que a acusação na ação penal da Operação Rodin apresentasse suas considerações finais. O processo resultante da Operação Rodin está tramitando na Justiça Federal de Santa Maria desde 2007, quando a Polícia Federal desvelou o esquema de corrupção na elaboração de exames teóricos e práticos e na expedição da habilitação de motorista. Conforme a denúncia, o esquema era articulado por meio de fundações ligadas à UFSM. O juiz Loraci Flores de Lima está conduzindo a ação desde março deste ano, quando a juíza Simone Barbisan Fortes pediu transferência de Santa Maria. Entre abril e maio deste ano, ele solicitou novos depoimentos de testemunhas e envolvidos, como o empresário Lair Ferst, suposto articulador dos repasses de dinheiro na fraude que ocorreu entre 2003 e 2007.