Voluntários salientam valor da participação

Por

Natural de São de Leopoldo onde mora, Marcelo Militão, 31 anos, é funcionário público em sua cidade e acompanha o Fórum Social Mundial desde a primeira edição, em 2001, em Porto Alegre. Pela segunda vez, irá trabalhar voluntariamente no evento. Na primeira, há uma década, auxiliou no serviço de informações, que fucionava na Pucrs. Desde aquela época, é adepto do lema de "um outro mundo é possível".
Ele acredita que os princípios estabelecidos pelo evento servem como motor para as mudanças almejadas. "Fazer parte de um ideal coletivo, em meio a tantos desconhecidos que também compartilham da mesma vontade de transformação mundial, é um privilégio", explica, quando fala de sua motivação de integrar o fóum.
Militão faz coro ao título do Fórum Social Temático (FST), ao destacar qual deve ser o foco do debate neste ano: "A sustentabilidade como instrumento de combate à crise do capitalismo".
Ele foi um dos voluntários que participou da primeira reunião do grupo, no Memorial do Rio Grande do Sul. Lá - depois de uma breve apresentação para que todos se conhecessem -, um dos coordenadores do FST, Mauri Cruz, explicou as diretrizes do evento e esclareceu dúvidas sobre as tarefas.
Ressaltou a importância do trabalho de suporte, que está vinculado ao caráter solidário do Fórum. "O engajamento de cada pessoa, desde os palestrantes às organizações e entidades, demonstra a intenção de compor uma iniciativa autogestionada em que o papel de todos é essencial."
A estudante de Artes Visuais Rita Beatriz Santos Portella, 27 anos, ouviu empolgada as explicações. Ela já participou de outras quatro edições e conta que, a cada encontro, adquire uma forma de aprendizado e conhecimento diferente, seja nos debates, seja na integração cultural, que inclui uma diversidade enorme de pessoas e opiniões.
"A formação das rodas de conversa no Acampamento da Juventude é um momento muito legal em que sempre há uma troca de ideias interessante. Discutimos aspectos culturais, sociais e econômicos, e dividimos experiência de vida", salienta a jovem, que mora em São Leopoldo.
Rita ensina que as mudanças só acontecem com a participação. "Não podemos esperar que a justiça social ocorra de repente, que os outros atuem para que a mudança aconteça. Devemos contribuir da maneira que nos cabe."
A partir da próxima terça-feira, quando começa o fórum, ela espera encontrar novas opções de mobilização promovidas pelas redes sociais e tecnologias da informação como alternativas às formas de protesto tradicionais.
Uma nova reunião com os voluntários do fórum está programa para segunda-feira, quando as tarefas de cada um serão detalhadas. As inscrições seguem abertas.