Olívio Dutra leva apoio à prefeita cassada Rita Sanco

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Enquanto o governo do peemedebista Nadir Rocha se organiza para fazer a gestão de transição na prefeitura de Gravataí, o PT procura garantir na Justiça o mandato da prefeita cassada Rita Sanco.
Ontem, o juiz Rodrigo de Souza Allem, da 1ª Vara Cível de Gravataí, indeferiu o mandado de segurança impetrado com o objetivo de declarar a nulidade da sessão da Câmara Municipal de Vereadores que, no dia 15 de outubro, aprovou a cassação da prefeita e do vice Cristiano Kingeski. Ainda cabe recurso da decisão ao Tribunal de Justiça.
Também tramitam no Judiciário outras duas ações sobre o caso e, ontem, foi protocolada uma medida cautelar no Fórum de Gravataí.
O presidente do PT local, vereador Carlito Nicolait, afirma que as acusações da comissão processante da Câmara não se sustentam. "Há inúmeras contradições na acusação. Queremos que a Justiça julgue o mérito da cassação."
Entre os vícios do processo que levou ao impedimento da prefeita e do vice, o petista aponta o fato de a acusação questionar a legitimidade da negociação das dívidas do município com algumas estatais, como a CEEE.
"Temos documentos que comprovam que a Câmara autorizou a negociação feita pela prefeita", argumenta.
Além das ações judiciais, o PT também está realizando mobilizações em apoio a Rita Sanco e Cristiano Kingeski.
Desde a cassação, já foram pelo menos dois atos públicos reunindo militantes, deputados e lideranças locais e estaduais. Ontem, foi a vez de o presidente de honra do PT no Estado, Olívio Dutra, manifestar sua solidariedade.
Olívio se reuniu na sede do PT de Gravataí com Rita, Kingeski e com a direção do PT municipal. "Fui transmitir a nossa disposição de respaldá-los e de lutar para restabelecer a vontade do povo de Gravataí, que os elegeu. Em 2 mil páginas do processo de cassação não há nenhuma comprovação das acusações", afirmou o ex-governador.
O presidente de honra do PT questionou a forma de condução do processo pela Câmara de Vereadores de Gravataí e acusou os adversários políticos de anteciparem o pleito de 2012.
"Se há divergências de programa de governo, vamos debater nas urnas, não no tapetão. É preciso restabelecer a relação qualificada entre o Legislativo e o Executivo", opinou Olívio.