Como fazer do mundo a melhor sala de aula

A revolução digital e a inteligência artificial lançam as bases para um novo renascimento

Por JC

Natalia Leite e Soraia Schutel
Não é à toa que a maioria de nós ama fazer as malas e explorar o mundo. Está no DNA do homo sapiens viajar para descobrir, se adaptar e evoluir. Nossa natureza mais profunda anseia por viagens para aprender, porque somos homo viajantis.
Resgatar a consciência dessa característica e trazê-la para o centro de um novo modelo de educação pode ser a chave para solucionar alguns dos desafios do nosso tempo. Para prosperar nesta era de simbiose entre digital e humano, a formação das pessoas não pode mais focar apenas na inteligência racional e cognitiva. É preciso desenvolver o humano integralmente, o que só é possível ao acessar as dimensões emocional e espiritual de nossa inteligência.
Esta é a grande abertura, o grande potencial que temos diante de nós: a revolução digital e a inteligência artificial lançam as bases para um novo renascimento. Precisamos colocar o humano no centro novamente, resgatar o que nos é essencial, rever a evolução que tivemos e pensar as novas fronteiras. Educar o humano do presente para os desafios do futuro passa por compreender que o modelo educacional direcionado pela especialização do conhecimento, em ambientes limitados de aprendizagem (sala de aula) já não funciona mais.
A neurociência, assim como estudos recentes na área de educação, apontam à necessidade da motivação, da experiência e do despertar das emoções no aluno para que a aprendizagem ocorra. O que faz tudo isso de uma só vez? Viajar! As viagens não só tiram da zona de conforto e permitem vivenciar um tema de estudo, como ampliam a visão de mundo e abrem o portal do autoconhecimento.
Diante de uma mesma experiência, cada pessoa tem uma percepção distinta e entra em contato com o que há de único em si mesma. Viajar para estudar estimula a criatividade, a geração de insights, desenvolve a flexibilidade, e, sobretudo, valoriza a importância da diversidade humana, que é chave para a inovação.
A educação do novo milênio não pode mais seguir estática e passiva. O intercâmbio cultural e a educação por meio de viagens é a forma mais completa e eficaz de desenvolver as habilidades humanas essenciais para prosperar. Explorar o mundo é desenvolver as três dimensões complementares da inteligência humana: racional, emocional e espiritual.
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