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Diversificar para competir
Eponverit, que pertam arectum comnir quodiis et ines civest? Ihicipi onendem orsus; nos coneque
Marcelo Reichert
Para além de toda a tragédia, a pandemia de coronavírus deixou inúmeras lições, nos mais distintos âmbitos da vida. Nos negócios, seja para quem produz ou comercializa, o maior aprendizado talvez seja este: diversificar é vital. Diz a sabedoria popular: "Quando uma porta se fecha, outras se abrem." Se teve algo que vivenciamos nesse período histórico foi o fechamento de muitas portas. Literalmente. E somente quem estava preparado pôde aproveitar a abertura de outras possibilidades — fosse com os negócios que resistiram à crise sanitária mundial, fosse com o incremento de mercados que prosperaram naquele cenário.
Tomemos como exemplo um setor específico: a indústria coureiro-calçadista. Logo no começo da pandemia, todo o segmento ficou paralisado. Pela alta intensividade em mão de obra, e restrições implementadas, muitas operações foram parcialmente suspensas. Evidentemente, toda a cadeia produtiva sofreu os impactos disso — desde os fornecedores de insumos até o comércio, passando pelos prestadores de serviços e assistência técnica. Apenas passou pela crise sem maiores sobressaltos quem já negociava com outros setores, como o automotivo e o saúde e higiene, por exemplo, que conseguiram manter suas operações durante a pandemia.
No último ano, a atividade calçadista esteve aquecida. Por outro lado, quem estava focado somente no setor de automóveis sentiu os efeitos de uma retração, causada pelas restrições de matéria-prima para a produção. Novamente, quem possui uma atuação diversificada resiste aos variados fatores externos que podem afetar uma cadeia econômica. Intempéries climáticas, doenças, decisões governamentais, conflitos geopolíticos, questões sociais, enfim... São muitos os elementos que influenciam empreendimentos de todos os tamanhos. A única certeza é que é preciso estar preparado.
Para ficarmos no mesmo exemplo acima: é necessário entender que as mesmas soluções tecnológicas que uma empresa oferece à indústria calçadista podem ser oferecidas a inúmeros outros setores. Os adesivos ou termoplásticos que servem à produção de sapatos e acessórios, podem servir ao desenvolvimento de produtos de higiene, à indústria moveleira e à construção civil. A diversificação nos negócios gera muito mais oportunidades para todos e faz com que empreendedores, empresas e cadeias inteiras estejam protegidos das instabilidades — e sigam firmes em sua trajetória de desenvolvimento.
CEO da FCC