Do home office para o home office

Ainda que os protocolos estejam aos poucos nos deixando, a vida não voltará mais a ser como era antes

Por JC

Alex Takaoka
Do home office viemos, para o home office vamos. Ainda que os protocolos de saúde para o combate à pandemia do coronavírus estejam aos poucos nos deixando, a vida não voltará mais a ser como era antes. Pesquisa, do mês de abril deste ano, realizada globalmente, aponta que 82% dos trabalhadores dizem que a capacidade de trabalhar em qualquer lugar os tornou mais alegres. Soma-se a isso o fato de que mais de 5 mil vagas para trabalho remoto estão sendo oferecidas por diversas empresas de todo o Brasil, é o que indica um levantamento de abril da plataforma de empregos Catho. A maioria no setor de tecnologia, mas também existem vagas para as áreas de Saúde, Administração e Hotelaria.
Levantamento da Citrix, player de software americano, em sete países, aponta que 54% dos trabalhadores brasileiros não querem voltar ao presencial para evitar os custos de locomoção, dentre outros motivos. Assim, o Brasil aparece na terceira posição do ranking de sete países consultados pela pesquisa. No total, foram consultados 5 mil trabalhadores. No entanto, toda flexibilidade traz desafios para o mundo corporativo. Neste caso, é a falta de troca entre as pessoas que pode afetar as relações comerciais. O mundo corporativo precisará "reaprender como se vender" e estreitar relacionamentos que começarão com pessoas que se conhecerão via plataformas de conferências com a câmera desligada.
Essa demanda nítida por liberdade de movimentação e escolhas é o grande desafio de nossa geração de líderes corporativos. Uma pesquisa de abril/2022 da consultoria de RH EDC Group identificou que 91% dos participantes disseram que mudaram seu propósito de vida durante a pandemia.
Do universo de participantes, 62,3% relataram estar mais focados em oportunidades que facilitam o equilíbrio com atividades pessoais como a prática de exercícios. Para passar mais tempo com a família, as jornadas de trabalho flexíveis são a meta de 51%.
O modelo único presencial de trabalho foi sepultado pela pandemia. O formato ideal depende de cada empresa, da sua natureza e do perfil de cada profissional. Para reter talentos e criar um ecossistema harmônico e sustentável, os líderes precisam estar atentos a todas estas nuances. Além disso, não podemos esquecer que as necessidades são dinâmicas e as companhias precisam pensar rápido, agir rápido e, principalmente, ter resiliência na reconstrução dos seus novos modelos de trabalho.
Head Customer Engagement da Fujitsu do Brasil