Personalidades psicopáticas

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O psicopata é um louco lúcido, incapaz de uma integração adequada à família e ao contexto sociocultural. Todos são permanentes transgressores de normas éticas e seres que desconhecem a honestidade em todos os seus ângulos e latitudes. O psicopata é portador de uma profunda imaturidade afetiva e dono de uma condição altamente negativa: a intolerância a toda e qualquer frustração. Ele só se frustra quando enlouquece de vez, o que pode ocorrer. O psicopata é totalmente incapaz de exprimir sentimentos de gratidão, de remorso ou de culpa. Para se aliviar de tal sentimento, projeta no mundo o que não tolera, escolhendo sempre alguém ao seu alcance.
Todos são incapazes de exprimir gratidão ou quaisquer outros sentimentos que revelam um ser normal, humano e benemérito. Sobre eles cai uma ausência total de remorso, pesar, contrição e compaixão. O psicopata é um simulador de talento, é capaz de incutir no espírito alheio que desfruta de cultura ou saber. Fala como se tivesse lido uma obra literária quando apenas a folheou, mas transmite a ideia de que o livro foi lido. Muitos confundem o psicopata com o psicótico; o primeiro detém a lucidez e percepção; e entre os sentimentos que mantém, é o de não sentir culpa, a qual é sempre projetada nos outros, já o psicótico está fora da realidade. É vítima de delírios, alucinações e é portador de uma ausência total de pensamento lógico. A maioria dos psicopatas sente-se desamada pela mãe, o que muitas vezes ocorre, porque a progenitora envergonha-se de ter parido um ser humano com tais características. A mulher portadora de tal diagnóstico, de um modo geral, é sexualmente frigida, muito embora valha-se de dotes ardilosos para simular prazer. Inconscientemente, o que deseja é humilhar o sexo oposto. A maioria teve em sua infância um pai ausente e em virtude de tais ocorrências deseja vingar-se dos homens, traindo-lhes sexualmente. Quando decidem firmar uma relação estável com o sexo oposto, recorrem à gravidez para garantir a estabilidade econômica.
A totalidade dos portadores da malsinada síndrome é profundamente invejosa. Diante de tal sentimento patológico, como inferiores e deficientes que são, se mortificam e sofrem diante da impossibilidade de obter as qualidades do objeto invejado.
Médico psicanalista e jornalista