Indivíduo e preconceito

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A inovação da cultura sólida das gerações e a amplitude das misturas de etnias trouxeram algum conflito, e o preconceito é hoje o resultado mais evidente nessas questões de transformação e adaptação do comportamento humano. É inegável que avançamos muito na homogeneidade pelas combinações de raças, sobre tudo no casamento e/ou na união de famílias. Na época de nossos antepassados, o preconceito era mais acirrado, mais explícito, mas, aos poucos, passamos a viver nova realidade, e mesmo bastante mascarada e não assumida, nossa arrogância começa no seio familiar, onde perdemos a civilidade e o que vale é a  competitividade, isso é puramente ideológico, o indivíduo deve crescer com o sentimento de aniquilar seu semelhante para progredir (!), o negócio é levar vantagem! A célula humana produz, por si só, diferenças e antagonismos. É notório que pessoas e instituições se escondem nas suas realidades, interesses e objetivos em conservar diferenças sociais, culturais e econômicas, e aí nos perguntamos qual a democracia que vivemos? A dos propagandistas/oportunistas, dos falsos ideólogos, dos cínicos ou a do cidadão comum?
O erro fatídico da magistrada, levantando a bandeira de um dos lados, sugere o questionamento, e o outro lado como fica? Os gaúchos, em geral, foram marcados como discriminadores, as opiniões são manipuladas no enfoque das conveniências, o domínio do oportunismo resolve tudo, e o outro lado fica sem defesa, oprimido, ameaçado e desmoralizado. É uma disputa do ser humano com suas contradições, e somente com cultura e o discernimento poderemos superar, não será na arbitrariedade, arrogância ou oportunismo tendencioso que vamos avançar, este é o verdadeiro exercício da democracia, a qual estamos longe de atingir.
Presidente da Ong Vida Viva