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Caos e festa na Torre de Babel
Se na famosa Torre de Babel construída na antiga Mesopotâmia não houve entendimento entre as diversas línguas, foi ao contrário em todas as “torres” construídas e reconstruídas em nosso País para a realização dos jogos da Copa do Mundo. Nestas, reuniram-se todos os idiomas numa só voz, com congraçamento e futebol. Tivemos também em nossa época os palpiteiros (inclusive polvo e tartaruga), filósofos, revolucionários, nacionalistas e os especialistas em futebol reverenciando o evento.
As línguas não separaram a humanidade, recuperamos o entendimento perdido pelos seguidores de Noé. A torre construída em torno de Neymar ruiu, como a antiga construída pelos descendentes de Noé, após o Dilúvio. Uma coincidência no nome dos protagonistas, todos começam com a letra N, pois o mandante na construção da Torre de Babel tinha o nome de Nenrod.
Comprovadamente, o fracasso ficou por conta do elenco brasileiro que não falou a mesma língua durante os jogos, foi uma confusão, faltou entendimento tático, humildade e sobraram lágrimas de crocodilo.
A torre que ficará erguida na história da Copa brasileira será a do enlace entre os povos, que sentaram à mesma mesa para confraternizar, sentaram na mesma arquibancada para torcer civilizadamente aos seus países. Foi um festival de cantos e cores, o ser humano venceu, nesse aspecto podemos considerar que foi a Copa das Copas. O futebol serviu para unir as nações e comprovar que o povo brasileiro levou nas costas esse imenso território, servindo com hospitalidade e oferecendo o que temos de melhor: o calor humano brasileiro.
As manifestações de jogadores e autoridades de outros países nos enchem de orgulho. Mas nem por isso deixemos de lutar por um país melhor, falta muito ainda para sermos totalmente felizes. Isso não começa pelo futebol, pois temos que mudar em quase tudo. A Torre de Babel dos maus políticos um dia há de ruir e o povo voltará a sorrir.
Licenciado em Geografia