Uma ponto de vista sobre o Mercosul

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Em 2013, o Mercado Comum do Sul, o nosso conhecido Mercosul, completou 22 anos de existência. O Mercosul, composto por Argentina, Brasil, Paraguai (suspenso), Uruguai e Venezuela, foi criado com o intuito de fomentar o mercado regional com a livre circulação de mercadorias, capitais e pessoas entre os países. Os avanços na estrutura do bloco se deram lentamente, e tendo como marcos a declaração de Foz de Iguaçu, assinada em 1985, a qual foi o ponto de partida da ideia do bloco. Em 1991, é assinado o Tratado de Assunção com o intuito de criar uma zona de livre-comércio entre os quatro países.
Apesar de mais de duas décadas de existência, o Mercosul ainda não chegou perto de atingir os objetivos para os quais foi criado por estar distante de uma premissa básica para chegar lá: a busca pela livre circulação de bens, serviços e fatores de produção entre os países do bloco. O Mercosul, composto por países com governos de caráter populista, se aproxima de países de ideologia esquerdista a partir da adesão da Venezuela e da Bolívia (em processo de adesão), se acentua com os governos do PT no Brasil e Peronista na Argentina, todos Estados com a gestão pautada pela aprovação popular, e não por crescimento econômico ou outro indicador que realmente tenha o intuito de trazer evolução para uma sociedade.
Ainda na América Latina surge outro bloco, a Aliança do Pacífico, com preceitos mais liberais e pragmáticos que o Mercosul, e com grande agilidade de mobilização em seus primeiros momentos de vida, sem contar com a grande vontade demonstrada de realmente fazer um bloco com interesses em comum e políticas congruentes. A Aliança do Pacífico, composta por México, Colômbia, Peru e Chile, representa hoje 40% do PIB da América Latina. Será que o novo bloco que está surgindo vai atingir os objetivos que ao longo de 22 anos o Mercosul não conseguiu?
 
Associado do Instituto de Estudos Empresariais (IEE)