A era da economia criativa

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Em uma sociedade da informação, que cada vez mais se volta para o futuro, o conceito de cidades inteligentes (smart cities), baseado na inovação e na criatividade, está saindo, com rapidez, do tema de discussões, por vezes acadêmicas, e começa a pautar o mercado. Diversas empresas vêm reconhecendo a importância do conhecimento como matéria-prima de produção, como também perceberam seu papel transformador no sistema produtivo. Por isso, é imprescindível produzir riqueza através da criatividade e do capital intelectual. Por isso, é fundamental fomentar a economia criativa, incentivar a indústria das artes, da arquitetura, engenharia, biotecnologia, design, moda, música, até chegar à pesquisa, desenvolvimento, publicidade, ao software e à computação. O desenvolvimento desses setores da indústria criativa ocupa papel estratégico no processo de desenvolvimento e progresso das cidades.
O Brasil, por meio de políticas públicas, começa a figurar entre os maiores produtores de criatividade do mundo, na frente de países como Itália (onde o PIB criativo é de R$ 102 bilhões) e Espanha (R$ 70 bilhões). No âmbito regional, com base na massa salarial motivada por mais de 18 mil negócios, estima-se que o núcleo criativo gaúcho gere 1,9% de tudo que é produzido no Estado, o que equivale a um PIB de R$ 5,2 bilhões por ano, colocando o Rio Grande como o quarto maior estado brasileiro na produção de bens e serviços criativos. Reconhecendo o papel transformador das ações, o governo municipal adotou metas contratuais de fomento à indústria criativa para o Gabinete de Inovação e Tecnologia de Porto Alegre (Inovapoa) conjuntamente com outras pastas, com a criação do Comitê Municipal de Economia Criativa, envolvendo sociedade, universidades e entidades civis, para definição de um modelo de Plano de Economia Criativa local, orientando o fomento e a qualificação de iniciativas produtivas, empreendedoras e vocacionais de Porto Alegre. Segundo o Índice de Criatividade das Cidades da Fecomércio/SP, Porto Alegre é a cidade mais criativa do Brasil, ficando em 3º lugar no ranking, atrás apenas de Campinas e Londrina. Com obras que vêm sendo executadas na atual gestão, torna-se importante não perder a visão do desenvolvimento local, com o empreendedorismo cultural e a geração de emprego e de renda.
Secretária municipal de Inovação e Tecnologia