Não se iluda, banco não diminui margem de lucro

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É justificada a euforia das pessoas por conta da diminuição vertiginosa das taxas de juros das diversas modalidades de financiamentos bancários, principalmente porque, de boa-fé, acreditam em tudo, sem ao menos examinar alguns detalhes importantes. Era consenso de que os juros estavam num patamar escorchante. Então, tudo ficou bem, e os bancos diminuíram as suas margens de lucro num passe de mágica? Claro que não. É simples entender. Veja, por exemplo, o cheque especial. Grande parte das pessoas de classe média utiliza esta modalidade de crédito, a partir de um determinado dia do mês, próximo ao seu final. Por esses cinco ou dez dias, fica devedor, e paga uma taxa que, em média, varia entre 7% e 8% a.m. Contudo, esse mesmo cliente, que concentra diversos serviços junto ao banco, como seguro de vida, seguro de automóvel, cartão de crédito etc, possui redução ou até isenção de pagamento de taxa por um pacote de serviços. Qual é a novidade? Para quem quiser redução nas taxas dos financiamentos, terá que optar por uma modalidade onde há redução de taxas, com quedas que chegam até pela metade mas, em contrapartida, elimina os descontos ou isenções no pacote de serviços. Ou seja, colocando isso no papel, é possível que a novidade onere mais ainda o cliente, sem que ele perceba.
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