De olho no bem-estar

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A busca pelo bem-estar individual tem se tornado cada vez mais presente no nosso dia a dia. Apesar do ritmo de vida acelerado nas grandes cidades, tentamos encontrar um tempo na agenda para a prática de exercícios físicos e momentos de lazer. Porém, o conceito de bem-estar difere de uma pessoa para outra. Conforme resultados da pesquisa Índice Bem-Estar – IBE, está comprovado que o bem-estar vai muito além do que imaginávamos. É estar satisfeito com o rumo que a vida está tomando, ter um bom relacionamento com a família, não ser estressado e ter atitude positiva. É, também, sentir motivação pelo trabalho, ter destaque profissional, liberdade de ir e vir, dormir bem, cuidar da saúde, sentir segurança quanto ao futuro, poder ir a shows e teatros, consumir produtos ecologicamente corretos, sentir confiança no governo e nas instituições do País, entre outros. Avaliar as condições do nosso bem-estar e promover melhorias são alternativas ao modo de vida vigente.
À medida que ocorre o envelhecimento da população, aumenta o custo da saúde no País. A população do Brasil chegou ao marco de 190 milhões de pessoas. A boa notícia é que vivemos atualmente o período de bônus demográfico, em que dois terços da população têm entre 15 e 64 anos, faixa etária considerada economicamente mais produtiva. Em 2022 serão 147 milhões de pessoas nesta faixa, o que irá representar 71% dos brasileiros. Porém, a partir desta data, a população envelhecerá e os gastos com serviços médicos passarão de US$ 56 bilhões para US$ 112 bilhões, conforme reportagem da Revista Exame de novembro de 2010.
Quanto maior for o esforço para as pessoas cultivarem o bem-estar nos próximos anos, tanto melhor será a condição com que estes indivíduos chegarão à terceira idade. Precisamos investir em bem-estar hoje, para colher no futuro os bons frutos desta mudança cultural.
Presidente do Conselho de Administração da Unimed Porto Alegre