Privilégios natalinos

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Na pauta de votação da Câmara de Porto Alegre neste final de ano destaca-se um conjunto de projetos de lei de origem do Poder Executivo que reafirma fielmente o perfil do governo Fogaça-Fortunati, um governo que destruiu o plano de carreira do funcionalismo municipal e que beneficia justamente os servidores do topo da pirâmide salarial. Aliás, desde seu início em 2005, este governo tem aumentado justamente os salários maiores distanciando cada vez mais o menor do maior salário da prefeitura. Foram beneficiados, através de sucessivos projetos de lei, as chefias e os cargos de comissão de maior nível, resultando no fato que temos hoje centenas de servidores que recebem o teto salarial, ou seja, os R$ 15 mil a que corresponde o subsídio do prefeito. Tivemos exagerados aumentos aos funcionários da Secretaria da Fazenda, estendendo-se as mesmas vantagens aos servidores do Gabinete de Programação Orçamentária (GPO) e aos integrantes da Procuradoria Municipal. Mais recentemente o prefeito Fortunati concedeu reajustes aos médicos, dentistas, engenheiros e arquitetos. No mês de novembro, foi estendida a gratificação fazendária aos servidores da autarquia previdenciária (Previmpa).
Pensávamos que o atual prefeito tivesse esgotado seu “repertório” de aumentos polpudos para aqueles que mais ganham. Ledo engano!
Fortunati ataca novamente enviando à Câmara Municipal, no último mês deste ano, “ao apagar das luzes”, projetos de lei que aumentam significativamente o salário dos seus secretários e do secretário-adjunto da Saúde. Não esqueceu, também, de prorrogar CCs e criar novas funções gratificadas. Nesses sete anos desse governo, os municipários de mais diversas secretarias, como assistentes administrativos, operários e auxiliares de serviços gerais, foram totalmente esquecidos. Os níveis dois e três, os mais baixos do plano de carreira, terão a partir de janeiro de 2012 remuneração inferior à do salário-mínimo nacional.
Vereadora/PT