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Publicada em 27 de Junho de 2025 às 00:25

Supermercados e free shops puxam expansão lojista na Campanha e Fronteira Oeste do RS

Grupos ampliam operações com formatos de vizinhança e atacarejo

Grupos ampliam operações com formatos de vizinhança e atacarejo

/DANIEL BADRA/DIVULGAÇÃO/JC
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Patrícia Comunello
Patrícia Comunello
Dois segmentos do varejo puxam a expansão do setor nas Regiões da Campanha, Sul e Fronteira Oeste. Um deles, o de supermercados, tem players consolidados que fazem movimentos de crescimento e diversificação.
Dois segmentos do varejo puxam a expansão do setor nas Regiões da Campanha, Sul e Fronteira Oeste. Um deles, o de supermercados, tem players consolidados que fazem movimentos de crescimento e diversificação.
Em outra frente, os free shops brasileiros surfam a onda do câmbio favorável e isenção de tributos, com atração de consumidores tanto do lado argentino como de cidades gaúchas e outros estados. O Rio Grande do Sul é o maior centro desse tipo de comércio no Brasil, localizado na vizinhança da fronteira.

Nicolini, com 16 lojas entre supermercados e atacarejos, arrematou 11 do Nacional | SUPERMERCADO NICOLINI/DIVULGAÇÃO/JC
Nicolini, com 16 lojas entre supermercados e atacarejos, arrematou 11 do Nacional SUPERMERCADO NICOLINI/DIVULGAÇÃO/JC
Três grupos puxam negócios de autosserviço alavancado pela alimentação: Peruzzo, Nicolini e Righi, que estão em posições de relevância no ranking da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), na 7ª, 10ª e 11ª posições respectivamente.
O Nicolini fez o movimento mais robusto, com perspectiva de escalar lugares do ranking. O grupo, com sede em Bagé, arrematou 11 lojas da bandeira Nacional, cujos pontos foram vendidos pelo Carrefour Brasil. As unidades estão desde Santa Rosa (Missões) até Pelotas (Sul).

Rede Peruzzo, de Bagé, cresce na região e inova na oferta de serviços | EVANDRO OLIVEIRA/JC
Rede Peruzzo, de Bagé, cresce na região e inova na oferta de serviços EVANDRO OLIVEIRA/JC
O valor da transação não foi revelado, e as conversões para a bandeira da Campanha começam em 2025. O Nicolini sairá de 17 lojas (4 atacarejos) para 28.
O "irmão" bajeense Peruzzo, com 27 unidades, também cresce com aquisições na região, renovação e novas unidades com serviços, como refeição pronta, de olho em mais fluxo, além de conceito premium.

Grupo Righi, de Santana do Livramento, abriu a 15ª loja, com aporte de R$ 20 milhões | DANIEL BADRA/DIVULGAÇÃO/JC
Grupo Righi, de Santana do Livramento, abriu a 15ª loja, com aporte de R$ 20 milhões DANIEL BADRA/DIVULGAÇÃO/JC
O grupo Righi, de Santana do Livramento, abriu a 15ª loja com investimento de R$ 20 milhões e foco na atração de clientes uruguaios e renda mais elevada.
O grupo começa este ano também obras do primeiro shopping center da cidade, com injeção de R$ 60 milhões. Em Rio Grande, o grupo Guanabara, 9º do ranking estadual, chegou ao quarto atacarejo GB Mix, com nova e sua maior operação no formato onde foi bandeira BIG. Outra loja será erguida no Cassino.

Polo isento de impostos no RS é líder no Brasil e ganha novas lojas

Minuto Varejo - Free Shops - Uruguaiana - Bah Free Shop

Minuto Varejo - Free Shops - Uruguaiana - Bah Free Shop

/PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Uruguaiana é a rainha dos free shops, com 13 das 26 operações gaúchas. São 37 no Brasil, dentro da área autorizada para esses comércios. No Estado, as lojas com imposto livre rivalizam com as coirmãs, no outro lado da fronteira, entre o Uruguai e a Argentina.
Com a desvalorização aguda do real frente ao dólar, a nova fronteira varejista de isenção tributária caiu no bolso dos argentinos, que chegaram a responder por 90% do fluxo em janeiro e fevereiro, temporada de férias, além de cada vez mais gaúchos de outras cidades e turistas de outras regiões do País buscarem o destino de compras.
Dados do setor apontam para cinco novas lojas a serem abertas ainda em 2025 na fronteira gaúcha.
Itaqui ganhou o primeiro ponto, da Brasil Free Shop, em junho, com outros sete em mais cidades. Detalhe: a bandeira é do mesmo dono da rede de supermercado Baklizi (12ª do ranking da Agas). Segundo lojistas e lideranças do segmento, a atividade impactou também o comércio local e serviços - de restaurantes a hotéis -, ao atrair mais consumidores que antes passavam sem parar, sejam argentinos ou brasileiros.
Para alimentar um crescimento maior nos próximos anos, o setor se mobiliza para elevar a cota de US$ 500 (quase R$ 3 mil) de gasto por CPF por mês para US$ 1 mil, mesmo limite dos free shops de aeroportos internacionais.
Aliás, o aeroporto de Uruguaiana vai ganhar a primeira operação do segmento, do Bah Free Shop.

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