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Publicada em 17 de Novembro de 2025 às 00:25

Região batalha para cumprir com Marco Legal do Saneamento

Concessionária que atua na região tem atualmente 50 frentes de obras de esgotamento sanitário

Concessionária que atua na região tem atualmente 50 frentes de obras de esgotamento sanitário

/Corsan/Divulgação/JC
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Ana Stobbe
Ana Stobbe Repórter
O Marco Legal do Saneamento Básico prevê que todos os municípios universalizem os seus serviços de atendimento de água potável, coleta e tratamento de esgotos até 2033. Na Região Metropolitana, a cobertura dos sistemas é desigual ao comparar cada uma das cidades. Em Porto Alegre, o serviço está aquém do esperado e o Departamento Municipal de Águas e Esgotos (Dmae) precisará batalhar para chegar às metas. Na Capital, embora a oferta de água atinja 99% da população, apenas 57,7% do esgoto gerado é coletado, e só 42,7% é tratado.
O Marco Legal do Saneamento Básico prevê que todos os municípios universalizem os seus serviços de atendimento de água potável, coleta e tratamento de esgotos até 2033. Na Região Metropolitana, a cobertura dos sistemas é desigual ao comparar cada uma das cidades. Em Porto Alegre, o serviço está aquém do esperado e o Departamento Municipal de Águas e Esgotos (Dmae) precisará batalhar para chegar às metas. Na Capital, embora a oferta de água atinja 99% da população, apenas 57,7% do esgoto gerado é coletado, e só 42,7% é tratado.
Viamão é a pior em relação à coleta de esgoto entre as cidades metropolitanas, coletando apenas 17,1% do esgoto da cidade e tratando 14% do total. Dos municípios metropolitanos, outros dois possuem taxa de coleta inferior aos 50%: Guaíba (36,8%) e Eldorado do Sul (39,7%). Por outro lado, há cidades com mais de 90% do esgoto coletado, como Glorinha e Cachoeirinha. Do ponto de vista do abastecimento d'água, nenhum município possui índice inferior a 50%.
A Aegea/Corsan afirma que as obras estão andando e que é possível vislumbrar um futuro de universalização do saneamento básico no RS. "Temos cerca de 50 frentes de obra de esgotamento sanitário ao mesmo tempo, e a expectativa é dobrar em 2026. Lembrando que o Estado tinha menos de 20% de cobertura há dois anos. Hoje temos 28%, ou seja, um crescimento de 40%", diz a gerente de Relações Institucionais da Aegea/Corsan, Cíntia Kovaski. Os índices preocupam no Vale do Sinos. Em Novo Hamburgo, sob responsabilidade de um departamento vinculado ao Executivo, nem 10% do esgoto é coletado ou tratado, com a rede municipal atendendo 6,7% da população. Já em São Leopoldo, também com serviço da prefeitura, embora 80% seja coletado, apenas 19,9% do que é gerado em esgoto é tratado.
Estância Velha, com seus quase 50 mil residentes, não atinge 1% na coleta do material gerado. Campo Bom não coleta 99,8% do esgoto, mas abastece a totalidade dos habitantes d'água. As duas são atendidas pela Aegea/Corsan.
O acesso à água potável é um problema nas pequenas cidades do Vale do Sinos. Três dos 14 municípios dessa porção do território gaúcho ofertavam, em 2023, o serviço a menos da metade da sua população: Araricá (11,6%), Portão (39,9%) e Nova Hartz (17,5%). Entretanto, os dados atualizados da Corsan/Aegea representam uma evolução, com Portão tendo chegado aos 92,78% e Nova Hartz aos 32,95%.
Canoas avança em direção ao Marco Legal. Enquanto 100% da população possui água potável, 89,7% tem acesso à coleta de esgoto. O tratamento ainda está em 44,3%.

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