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Publicada em 17 de Novembro de 2025 às 00:25

Política de semicondutores atrai investimentos bilionários

CEO da Tellescom , Ronaldo Aloise Júnior, e presidente da Invest RS, Rafael Prikladnicki

CEO da Tellescom , Ronaldo Aloise Júnior, e presidente da Invest RS, Rafael Prikladnicki

/Ascom Invest RS/Divulgação.JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
Um símbolo da estratégia de estabelecer na Região Metropolitana um polo significativo para o setor de semicondutores na América Latina deve estar construída até 2029, em Cachoeirinha, mas tem planos de já operar de maneira alternativa em 2026. A empresa Tellescom Semicondutores anunciou em junho o protocolo de intenções junto ao Governo do Estado para a instalação de uma fábrica no município, com aporte que chegará a R$ 1 bilhão.
Um símbolo da estratégia de estabelecer na Região Metropolitana um polo significativo para o setor de semicondutores na América Latina deve estar construída até 2029, em Cachoeirinha, mas tem planos de já operar de maneira alternativa em 2026. A empresa Tellescom Semicondutores anunciou em junho o protocolo de intenções junto ao Governo do Estado para a instalação de uma fábrica no município, com aporte que chegará a R$ 1 bilhão.
A estrutura, que terá como finalidade o encapsulamento e testes de semicondutores, será erguida na área da extinta fundação estadual Cientec, junto ao Distrito Industrial de Cachoeirinha. Serão quatro unidades fabris no mesmo terreno nos próximos dez anos. Os chips produzidos ali terão destino nas indústrias automobilísticas, de IoT e de comunicação sem fio.
Segundo o CEO da empresa, Ronaldo Aloise Júnior, serão importados os "wafers", que são as lâminas de silício onde os circuitos estão impressos, para que na futura unidade de Cachoeirinha, eles sejam transformados em diversos componentes. O foco nos setores automotivo e de telecomunicações, explica, é uma questão de oportunidade, pela alta demanda de ambos os setores.
"O Brasil tem cinco empresas que encapsulam componentes, mas todas atuam muito na área de memórias de computador, telefone etc. Então, a gente vai para um outro segmento", detalhou Aloise Júnior no anúncio do projeto.
Para Cachoeirinha, o anúncio representou a possibilidade concreta de início de um novo ciclo na economia local. A Cientec encerrou as suas operações naquele local em 2016, mesmo ano em que a Souza Cruz deixou de produzir cigarros na cidade. Desde então, a arrecadação sofreu um baque anual estimado e 25%. Agora, a estimativa é, a partir da indústria de alta tecnologia, dobrar a arrecadação em dez anos.
Segundo ele, a "capacidade cerebral" no Rio Grande do Sul foi fator fundamental na escolha para instalar a unidade. Capacidade já existente e também a ser desenvolvida. No pacote de investimentos previsto para o município da Região Metropolitana está ainda o desenvolvimento de programas de treinamento e qualificação para estudantes locais.

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