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Publicada em 17 de Novembro de 2025 às 00:25

Um porto renovado em Porto Alegre

A revitalização da estrutura portuária de Porto Alegre tem investimento previsto de R$ 40 milhões

A revitalização da estrutura portuária de Porto Alegre tem investimento previsto de R$ 40 milhões

Portos RS/Divulgação/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
Enquanto avança nas licitações para dragagens nos canais de navegação da região do Guaíba, a Portos RS projeta, a partir dos estragos e aprendizados deixados pela inundação de 2024, o renascimento de um novo porto na Capital. A revitalização da estrutura portuária de Porto Alegre tem investimento previsto de R$ 40 milhões, com recursos do Funrigs, e, estima-se, deve estar concluída no final de 2026. E o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, garante: será um novo porto.
Enquanto avança nas licitações para dragagens nos canais de navegação da região do Guaíba, a Portos RS projeta, a partir dos estragos e aprendizados deixados pela inundação de 2024, o renascimento de um novo porto na Capital. A revitalização da estrutura portuária de Porto Alegre tem investimento previsto de R$ 40 milhões, com recursos do Funrigs, e, estima-se, deve estar concluída no final de 2026. E o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, garante: será um novo porto.
"Não estamos falando ou projetando uma obra pela obra, para retomar o que tínhamos. Teremos uma estrutura que nos garantirá atraímos para Porto Alegre novas cargas e aumento da operação, também voltada ao turismo, que têm grande potencial. A revitalização do porto pretende despertar a atenção da população e dos setores econômicos para este ponto da cidade. Será uma operação e uma estrutura com alta capacidade para ajudar, integrada, na economia de toda a cidade", explica.
A modernização estrutural e a funcionalidade futura do porto já iniciou. Há contratos com a Furg e a UFRGS para o desenvolvimento de novas tecnologias, inclusive com o uso de inteligência artificial, que transformam o porto da Capital em ponto central para o monitoramento de nível de água no momento e projeções futuras. A partir dos dados diários que já são coletados, Klinger garante que a tomada de decisões da operação tem sido muito mais segura.
É que as operações portuárias em Porto Alegre ainda não foram retornadas a pleno. O calado original de 5,18 metros não foi possível de ser retomado até o momento, em virtude da necessidade de dragagens nos canais. De acordo com Cristiano Klinger, a sinalização náutica está funcionando a pleno na região, assim como a maior parte das operações de barcaças. Os navios, no entanto, dependem da variação do calado.
Conforme a Portos RS a movimentação entre janeiro e setembro Porto Alegre teve redução de 50,89% em relação ao mesmo período de 2024, e quando a comparação é com 2023, essa queda chega a 58%. Neste período, foram 78 embarcações no porto, entre elas, somente quatro navios. Com 222,3 mil toneladas movimentadas nos primeiros nove meses do ano, este foi o pior desempenho do porto em uma década.
Em novembro, foi feita a licitação para um pacote de 11 canais, que formam os lotes cinco e seis, a serem dragados. Ao final desta etapa, aí sim, o calado normal da operação em Porto Alegre poderá ser retomado. Até outubro, o canal da Feitoria, em Canoas, por exemplo, passava pela dragagem. A primeira região a ser desobstruída, ainda no final de 2024, foi a de Itapuã.

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