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Publicada em 17 de Novembro de 2025 às 00:25

A cidade da aviação começa a tomar forma

 Em dez anos, a perspectiva é de R$ 3 bilhões em investimentos

Em dez anos, a perspectiva é de R$ 3 bilhões em investimentos

Nathan Lemos/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
Na trilha da inovação em diversas frentes na macrorregião retratada neste capítulo do Mapa Econômico, Guaíba, na Região Metropolitana, está mais próxima de se concretizar como a referência na inovação, pesquisa e produção no setor aeronáutico. A pedra fundamental do Aero Centro Integrado de Tecnologia e Inovação (Aerociti) foi lançada em outubro no terreno onde, na década de 1990, a cidade teve a esperança de contar com a fábrica da Ford. Até 2027, deverá ser finalizada a pista de 1,4 mil metros e uma fábrica de aeronaves. A pista, inclusive, é encarada como um backup para o Aeroporto Salgado Filho e uma alternativa importante para a aviação executiva e o transporte de cargas.
Na trilha da inovação em diversas frentes na macrorregião retratada neste capítulo do Mapa Econômico, Guaíba, na Região Metropolitana, está mais próxima de se concretizar como a referência na inovação, pesquisa e produção no setor aeronáutico. A pedra fundamental do Aero Centro Integrado de Tecnologia e Inovação (Aerociti) foi lançada em outubro no terreno onde, na década de 1990, a cidade teve a esperança de contar com a fábrica da Ford. Até 2027, deverá ser finalizada a pista de 1,4 mil metros e uma fábrica de aeronaves. A pista, inclusive, é encarada como um backup para o Aeroporto Salgado Filho e uma alternativa importante para a aviação executiva e o transporte de cargas.
Nesta etapa do projeto, são desembolsados R$ 300 milhões. Em dez anos, a perspectiva é de R$ 3 bilhões em investimentos. Deste valor, afirma o CEO da Aeromot, Guilherme Cunha, R$ 1 bilhão deve ser aportado nos próximos cinco anos, e aí, a parte fundamental para que o hub idealizado pela empresa mineira se consolide. Estão previstos os hangares, a construção do centro de pesquisa, do hub de inovação, a finalização da fábrica e o desenvolvimento da praça pública.
"É uma vocação do Rio Grande do Sul. Foi daqui que partiram pessoas e tecnologias para transformar a aviação no Brasil e no mundo", diz Cunha.
Segundo ele, o centro de pesquisas será voltado tanto para tecnologias sustentáveis para aeronaves e combustíveis para a aviação, quanto para a formação de talentos. O plano da Aeromot é reunir oito universidades no Aerociti e, principalmente o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), localizado em São José dos Campos, com o qual será firmado um protocolo de intenções para ampliar a colaboração.
A partir de 2027, Guaíba deverá ter o início da produção de aeronaves da empresa Diamond, com a comercialização a partir de 2028. Há ainda parceria com a Leonard Helicópteros. Paralelamente, a Aeromot desenvolve um projeto com apoio da Finep para a criação da AMT X, a primeira aeronave movida a etanol no mundo, com produção 100% nacional.
De acordo com o prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata, o Aerociti é a cereja do bolo em um projeto de desenvolvimento e qualificação da cidade.
"Hoje, por exemplo, temos em Guaíba um complexo com 230 engenheiros da TKE (fabricante de elevadores) que desenvolvem tecnologia e inovação para o mundo inteiro. Com a Aeromot aqui, teremos ainda mais tecnologia envolvida, que vai além de Guaíba", aponta.
Segundo Maranata, além da fábrica de aeronaves e o desenvolvimento de tecnologia dentro do Aerociti, o projeto motivará ainda a aproximação de empresas sistemistas para Guaíba e municípios vizinhos. Este também é o plano do CEO da Aeromot, Gustavo Cunha, que prevê a nacionalização gradual da produção, com fabricantes de peças e componentes locais sendo desenvolvidos a partir do complexo.
E de quebra, como salienta Maranata, o município pode se consolidar como a sede do primeiro aeroporto exclusivamente de cargas do Rio Grande do Sul.

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