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Publicada em 17 de Novembro de 2025 às 00:25

Região concentra polo de maquinário agrícola com tecnologia local

Mahindra avança na linha OJA, que é o modelo global da montadora

Mahindra avança na linha OJA, que é o modelo global da montadora

Mahindra/Divulgação/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
A produção rural não é exatamente um destaque da economia do Vale do Sinos, no entanto, a região concentra boa parte da produção de maquinário e implementos agrícolas, especialmente no desenvolvimento de novas tecnologias para o setor. É o que acontece em Dois Irmãos, onde a indiana Mahindra produz tratores há nove anos e agora prepara a construção de uma nova planta industrial no mesmo município, com investimento de R$ 100 milhões.
A produção rural não é exatamente um destaque da economia do Vale do Sinos, no entanto, a região concentra boa parte da produção de maquinário e implementos agrícolas, especialmente no desenvolvimento de novas tecnologias para o setor. É o que acontece em Dois Irmãos, onde a indiana Mahindra produz tratores há nove anos e agora prepara a construção de uma nova planta industrial no mesmo município, com investimento de R$ 100 milhões.
"A nossa opção por seguirmos em Dois Irmãos nessa ampliação da produção leva em conta a expertise que desenvolvemos aqui, no desenvolvimento de produtos e da nossa cadeia de produção e logística. Temos que ter 50% dos componentes dos nossos produtos locais, com o restante trazido da Índia, e isso beneficia muito esse desenvolvimento", explica o CEO da Mahindra no Brasil, Jak Torretta Júnior.
Foi desenvolvido na fábrica de Dois Irmãos um trator mais estreito, adequado às lavouras de frutas e cafés. O modelo 6075E sequer existe nas linhas de produção da Mahindra na Índia.
"É um importante exemplo do que a nossa engenharia tem desenvolvido. Com a ampliação, está entre as nossas metas aproximarmos mais o desenvolvimento de conhecimento às universidades da região", comenta o executivo.
A unidade no Vale do Sinos produz atualmente 13 modelos, que têm a montagem compartilhada com empresas parceiras Na nova unidade, que partirá de 38,5 mil metros quadrados, com previsão de expansão de outros 24 mil metros quadrados, toda a montagem será concentrada na mesma planta industrial. A produção vai saltar de três mil para nove mil veículos por ano, também triplicando o número de funcionários, que passará a 300.
Além dos tratores tradicionais, a fábrica também avança na linha de serviços, como retroescavadeiras, e a linha OJA, que é o modelo global da montadora.
A unidade gaúcha já é a segunda maior exportadora da Mahindra fora da Índia, e desde outubro é considerada a referência na América do Sul para a montadora.
Outro polo de fabricantes de máquinas agrícolas no Vale do Sinos fica em Canoas, onde a AGCO tem a sua unidade de tratores Massey Ferguson. Já a John Deere tem na cidade a PLA, que produz pulverizadores, e teve anunciadas obras para erguer uma fábrica renovada na cidade. A multinacional, no entanto, não divulgou detalhes sobre a evolução do projeto.

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