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Publicada em 21 de Novembro de 2025 às 15:39

Surge no pós-cheia a mais moderna indústria de refrigerantes do Brasil

A empresa bateu o recorde de produção em setembro

A empresa bateu o recorde de produção em setembro

TÂNIA MEINERZ/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
Um ano depois da cheia, emergiu na entrada de Porto Alegre, na Zona Norte, a mais moderna fábrica da Coca-Cola no Brasil. É o que garante o diretor de manufatura da Coca-Cola FEMSA Brasil, Vinícius Micai.
Um ano depois da cheia, emergiu na entrada de Porto Alegre, na Zona Norte, a mais moderna fábrica da Coca-Cola no Brasil. É o que garante o diretor de manufatura da Coca-Cola FEMSA Brasil, Vinícius Micai.
"A nossa fábrica em Porto Alegre renasceu pronta para receber qualquer nova tecnologia. Com o estrago provocado pela inundação, havia a necessidade de novas linhas, e instalamos todas essas novas linhas prontas para serem totalmente monitoradas online, por vídeo. O sistema já é aplicado em uma das linhas, a partir de inteligência artificial, evitando acidentes e garantindo mais eficiência na produção. Nossa paletização na expedição também é a única no Brasil com 100% de operação por robôs", explica Micai.
As inovações também avançaram em sustentabilidade e resiliência. Deve entrar em operação o novo sistema de caldeiras elétricas, movimentadas por energia renovável. As fundações estruturais também foram reforçadas e todo o sistema de painéis elétricos foi erguido para o segundo piso da fábrica.
O resultado já é percebido. A empresa bateu o recorde de produção em setembro, apenas dois meses depois de ter retomado por completo o seu portfólio de produtos, também com ganho de eficiência. Antes da cheia, a produção era de 1,45 litros de água consumida para cada litro de refrigerante, suco ou chá. Hoje, são 1,35 litros.
Na macrorregião mais populosa do Rio Grande do Sul, cada investimento reflete diretamente nas gôndolas e nas prateleiras. A facilidade logística e a proximidade com o público consumidor garantem um mercado altamente competitivo e concentrado nos bens de consumo como alimentos, bebidas e utensílios domésticos. Conforme o levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), fabricantes da região figuram entre as preferências dos consumidores brasileiros e regionais em pelo menos 29 itens de consumo.
No caso da Coca-Cola, foram investidos R$ 675 milhões para reconstruir a planta industrial que ficou submersa no ano passado. Com capacidade de produção de 120 milhões de caixas de refrigerante, suco e chá por ano -- 10% da produção da Coca-Cola FEMSA no País --, a unidade tem a terceira maior produção brasileira e atende ao terceiro maior mercado do País, abastecendo todo o Rio Grande do Sul. A produção de Porto Alegre dá à Coca-Cola a liderança nos segmentos de refrigerantes e sucos na Região Sul do Brasil. Uma posição, como diz Micai, em constante aferição de mercado.
"É estratégico para a empresa termos um portfólio amplo e pronto para atender a qualquer perfil de consumidor. Recentemente lançamos, a partir da observação do perfil do gaúcho, por exemplo, o guaraná Charrua de 3 litros e de 200ml. Assim como temos dado especial atenção aos produtos zero, que é uma tendência crescente deste mercado", afirma o diretor.
A planta industrial da Capital produz bebidas em todas as formas de embalagens.

Fabricação de garrafas ampliada em Campo Bom

Verallia investiu R$ 690 milhões na ampliação da produção de embalagens de vidro em Campo Bom

Verallia investiu R$ 690 milhões na ampliação da produção de embalagens de vidro em Campo Bom

TÂNIA MEINERZ/JC
Entre as fornecedoras da Coca-Cola está a francesa Verallia que, a partir da crescente demanda do setor de bebidas, concretizou, com investimento de R$ 690 milhões, a ampliação da sua produção de embalagens de vidro em Campo Bom, no Vale do Sinos - o maior investimento já feito pela iniciativa privada no município -, saltando de 700 mil embalagens para 1,3 milhão de embalagens por dia.
De acordo com o CEO Global da Verallia, Patrice Lucas, além de quase dobrar a capacidade de produção de embalagens em vidro para bebidas e alimentos, a inauguração do novo forno da empresa também garante maior versatilidade em produtos. Além da demanda por garrafas entre as regiões Metropolitana e Vale do Sinos, onde também atua a Ambev, a Verallia é importante fornecedora para o setor de vinhos da Serra.
E junto da sua ampliação, a empresa francesa também garantiu a instalação da White Martins em Campo Bom. Com uma unidade que tem como prioridade fornecer o oxigênio  para a produção de vidros, a empresa anunciou em outubro a conclusão do aporte de aproximadamente R$ 270 milhões para o fornecimento de 120 toneladas diárias de oxigênio aos fornos da Verallia.
Além desse volume, a planta tem mais 250 toneladas de capacidade diária para a produção de oxigênio, nitrogênio e argônio para a produção industrial no Estado.

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