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Publicada em 06 de Dezembro de 2024 às 00:25

Calçadistas investem na sustentabilidade da produção

Fábrica da Calçados Beira Rio, em Sapiranga, produz sete marcas; capacidade deve ser ampliada

Fábrica da Calçados Beira Rio, em Sapiranga, produz sete marcas; capacidade deve ser ampliada

/Calçados Beira Rio S.A/Divulgação/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
O peso da indústria do calçado e do couro para o Vale do Sinos é preponderante. Entre Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapiranga, Dois Irmãos, Estância Velha e Nova Hartz, que figuram entre os 50 maiores municípios exportadores gaúchos, entre janeiro e outubro deste ano foram comercializados US$ 396,11 milhões entre calçados e couros.
O peso da indústria do calçado e do couro para o Vale do Sinos é preponderante. Entre Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapiranga, Dois Irmãos, Estância Velha e Nova Hartz, que figuram entre os 50 maiores municípios exportadores gaúchos, entre janeiro e outubro deste ano foram comercializados US$ 396,11 milhões entre calçados e couros.
Novo Hamburgo é a capital dos calçados, mas o maior volume negociado - US$ 120,7 milhões - saiu de Sapiranga. É onde a Calçados Beira Rio opera com duas filiais e é a empresa com maior valor agregado do município - 15% da economia local. São 1,3 mil funcionários empregados entre a produção de calçados e o centro de distribuição da empresa - em breve deve ultrapassar 1,4 mil funcionários.
De acordo com o diretor industrial da empresa, João Heinrich, as unidades de Sapiranga respondem por 27% da produção da Calçados Beira Rio. Dali, saem produtos de sete marcas. E a produção está em fase de expansão. São investidos R$ 52,7 milhões entre a reestruturação no setor de cortes, preparando para ampliação da capacidade produtiva no futuro, a construção de novo prédio dedicado à logística, com 13,3 mil metros quadrados e de novas estruturas para os funcionários.
Concomitantemente, o centro de distribuição passa por ampliação. A intenção, segundo Heinrich, é aumentar a eficiência logística no envio de mercadorias das 11 fábricas espalhadas pelo Rio Grande do Sul.
Sapiranga está entre os municípios do Vale do Sinos que, no ano passado, produziram 91,7 milhões de pares de calçados - 65% da produção gaúcha e o terceiro principal polo produtor de calçados do Brasil (12% da produção nacional). Estão no Vale do Sinos a maior concentração de empresas do setor e o maior volume de pessoas empregadas na produção.
Mesmo que o mercado calçadista enfrente dificuldades nas exportações, com a concorrência asiática e a abertura do mercado nacional, no Vale do Sinos a exportação tem papel importante. A região foi a que mais faturou com vendas ao exterior no ano passado.
A explicação para a penetração maior do produto gaúcho, de acordo com o gerente de marketing e estratégia da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), Cristian Schlindwein, está não somente na qualidade da produção e no desenvolvimento da inteligência do mercado do calçado na região onde fica, por exemplo, o Instituto Brasileiro do Couro e do Calçado. A indústria gaúcha avança rapidamente para atender com maior qualidade às exigências de sustentabilidade dos principais mercados.

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