Porto Alegre,

Publicada em 18 de Novembro de 2025 às 18:11

UFSM vai lançar uma filmoteca com mais de 900 vídeos disponíveis

Trabalho está em fase de digitalização dos vídeos e conta com parcerias com Santa Maria Vídeo e Cinema e Cine Clube da Boca

Trabalho está em fase de digitalização dos vídeos e conta com parcerias com Santa Maria Vídeo e Cinema e Cine Clube da Boca

UFSM/Divulgação/Cidades
Compartilhe:
Jornal Cidades
A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) terá uma Filmoteca no Acervo Artístico. A biblioteca audiovisual será estruturada a partir da digitalização de 900 fitas, doadas pelo Santa Maria Vídeo Cinema (SMVC) e pela TV Campus. O projeto conta com parceria com o Cine Clube Boca.
A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) terá uma Filmoteca no Acervo Artístico. A biblioteca audiovisual será estruturada a partir da digitalização de 900 fitas, doadas pelo Santa Maria Vídeo Cinema (SMVC) e pela TV Campus. O projeto conta com parceria com o Cine Clube Boca.
Dos 900 VHS, 600 faziam parte do acervo do SMVC estavam e 300 da TV Campus. As fitas doadas pelo SMVC são de longas e curta-metragens nacionais e internacionais que estavam armazenadas na sede Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (Cesma). Já as da emissora pública da UFSM contém programas jornalísticos, como telejornais e programas de entrevistas, e estavam sob os cuidados do Departamento de Arquivo Geral (DAG).
A importância da filmoteca, na avaliação do administrador Rafael Happke, do Acervo Artístico, está em destacar produções locais e o papel que a biblioteca audiovisual terá para futuras pesquisas sobre cinema: “Enquanto acervo, nós estamos recuperando o trabalho de pessoas que estavam iniciando a carreira no mundo do audiovisual. E, agora, essas produções não vão estar perdidas”, comenta.
Após a transformação dos vídeos em formato digital, os audiovisuais estarão disponíveis à comunidade de duas formas: online, por meio de plataforma, e presencialmente, no Acervo Artístico. Estão previstas também exibições por parte do Cine Clube Boca.
O DAG, por meio do Laboratório de Reprografia, é responsável pela digitalização dos 900 fitas. Até o momento, 300 VHS já foram convertidas em formato MKS por quatro estudantes coordenados pela arquivista Cristina Strohschoen. O trabalho foi viabilizado a partir de parceria com a Tele Vídeo de Santa Maria, responsável pela instalação e manutenção do vídeo-cassete e dos demais equipamentos.
O tempo de digitalização pode levar até seis vezes o tempo do conteúdo: a cada uma hora de gravação são necessárias até seis horas para conversão de formato. A bolsista Mariana Fantinel Farias, doutoranda em Patrimônio Cultural, explica que em função do armazenamento inadequado, algumas das mídias estão com mofo. Por isso, também é preciso fazer a higienização das fitas VHS.
O Cine Clube da Boca, coordenado pelo professor Gilvan Veiga Dockhorn, do Programa de Patrimônio Cultural, conta que o projeto da filmoteca estava registrado desde 2020 com a finalidade de recuperar a memória da produção de cinema e audiovisual da cidade. “A iniciativa surge porque Santa Maria é um polo de produção de cinema e audiovisual. Nós temos um histórico dessas produção em vários suportes e está sem conservação. Essa parte do nosso patrimônio cultural vai se perdendo”, lembra.

Notícias relacionadas