Porto Alegre,

Publicada em 16 de Outubro de 2025 às 17:56

Barra de Pelotas vai ganhar projeto de melhoria ambiental

Proposta, orçada em R$ 614,9 mil, servirá para a adaptação climática para comunidades ribeirinhas

Proposta, orçada em R$ 614,9 mil, servirá para a adaptação climática para comunidades ribeirinhas

Volmer Perez/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Jornal Cidades
A prefeitura de Pelotas aprovou projeto habilitado em fevereiro deste ano no edital Teia de Soluções Resiliência Climática Rio Grande do Sul, lançado pela Fundação Grupo Boticário. A proposta, orçada em R$ 614,9 mil e concebida para fins de adaptação climática para comunidades ribeirinhas, é voltada à população da comunidade tradicional pesqueira do Pontal da Barra, praia do Laranjal. A formalização do contrato está prevista para este mês.
A prefeitura de Pelotas aprovou projeto habilitado em fevereiro deste ano no edital Teia de Soluções Resiliência Climática Rio Grande do Sul, lançado pela Fundação Grupo Boticário. A proposta, orçada em R$ 614,9 mil e concebida para fins de adaptação climática para comunidades ribeirinhas, é voltada à população da comunidade tradicional pesqueira do Pontal da Barra, praia do Laranjal. A formalização do contrato está prevista para este mês.
A Barra de Pelotas foi a localidade escolhida por responder às exigências do edital. É uma comunidade tradicional que vive da pesca artesanal há 58 anos e, historicamente, enfrenta desafios climáticos - cada vez mais frequentes. Nos últimos 24 anos contabiliza cinco eventos de inundação - 2001, 2009, 2015, 2023 e 2024 - provocando transtornos para as 70 famílias que em média residem no local.  
O projeto selecionado envolve diversas ações, a saber: recomposição do ambiente natural de marisma (junco), que cumpre funções similares às de um mangue, como fixação do solo, protegendo contra a erosão, e berçário de espécies nativas, como siri, camarão e peixes - fundamental para a sobrevivência de comunidades pesqueiras. Também estão previstas no projeto a recomposição da mata de restinga (adjacente à marisma), a implantação de um sistema de tratamento de esgoto anaeróbio, além de melhorias habitacionais em residências consideradas frágeis diante de eventos climáticos, especialmente para casas de madeira, palafitas e chefiadas por mulheres.
Outras duas medidas também estão alinhadas no âmbito do projeto, que é a formação de comissão comunitária para acompanhar a implementação do processo e o registro audiovisual da equipe de educomunicação do Laboratório Marés, da Universidade Federal do Rio Grande - Furg, para servir de inspiração a outros territórios. Além da Prefeitura, o projeto contou com a contribuição de especialistas das universidades e ICMBio, por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sul do Brasil (CEPSul). 

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