Porto Alegre,

Publicada em 24 de Setembro de 2025 às 18:41

Novo hub da UFSM foca na restauração de acervos danificados

Iniciativa foi criada a partir das enchentes de 2024, que prejudicaram o acervo

Iniciativa foi criada a partir das enchentes de 2024, que prejudicaram o acervo

Jéssica Mocellin/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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Jornal Cidades
O Hub.Doc foi oficialmente lançado na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A iniciativa busca impulsionar a pesquisa científica sobre arquivos por meio da transdisciplinaridade.Coordenada pela universidade, com participação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e do Arquivo Nacional, a iniciativa prevê a criação de produtos inéditos e acessíveis que geram novos e inovadores protocolos de recuperação de acervos atingidos por inundações, ou demais situações de vulnerabilidade, por meio da união de pesquisadores e profissionais de diversas áreas científicas.
O Hub.Doc foi oficialmente lançado na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A iniciativa busca impulsionar a pesquisa científica sobre arquivos por meio da transdisciplinaridade.Coordenada pela universidade, com participação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e do Arquivo Nacional, a iniciativa prevê a criação de produtos inéditos e acessíveis que geram novos e inovadores protocolos de recuperação de acervos atingidos por inundações, ou demais situações de vulnerabilidade, por meio da união de pesquisadores e profissionais de diversas áreas científicas.
O surgimento da iniciativa está atrelado à catástrofe climática que acometeu o Rio Grande do Sul em 2024. Na época, 12 mil caixas do acervo de documentos históricos da UFSM foram submersos pelas enchentes. Para além da universidade, mais de 100 arquivos públicos também foram atingidos, segundo o governo do Estado.
Esse contexto culminou na criação do Transdoc, um espaço transdisciplinar de pesquisas e práticas em restauração e preservação de arquivos desenvolvido universidade. Essa iniciativa enquadrou-se como a primeira estrutura brasileira dedicada à recuperação emergencial de documentos prejudicados pela catástrofe.
Segundo Débora Flores, diretora do Departamento de Arquivo Geral da UFSM, o hub também surgiu da noção de que o impacto de um arquivo não pode ser medido a curto prazo. “A perda de um arquivo afeta o futuro. Quando um cidadão precisar acessar uma informação e ela não for localizada, haverá problemas. O hub deve mostrar que os arquivos são importantíssimos para a preservação da memória e dos direitos de cada cidadão”, observa.
A coordenadora ainda frisou que o hub buscará formalizar outras parcerias a fim de estabelecer uma melhor estrutura física e de equipe, tendo em vista a alta demanda. “Um dos nossos próximos passos é capacitar o maior número de pessoas que possam se conectar com as ações do hub”, revelou.

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