Porto Alegre, qui, 06/11/25

Publicada em 07 de Agosto de 2025 às 15:06

Novo Hamburgo resgata 150 animais silvestres em um ano

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Jornal Cidades
Começar uma manhã em Novo Hamburgo pode trazer encontros inesperados com a fauna silvestre. Com a expansão urbana, a presença de animais como aves, tartarugas, gambás, entre outros, tornou-se uma constante em áreas residenciais da cidade do Vale do Sinos.
Começar uma manhã em Novo Hamburgo pode trazer encontros inesperados com a fauna silvestre. Com a expansão urbana, a presença de animais como aves, tartarugas, gambás, entre outros, tornou-se uma constante em áreas residenciais da cidade do Vale do Sinos.
No último ano, cerca de 150 animais silvestres foram resgatados na região, segundo dados da Diretoria de Proteção Animal (DPA) da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SMMADU). Esses resgates incluem casos de confinamento ilegal, abandono e deslocamento indesejado para áreas urbanas.
Conforme o biólogo da DPA, Carlos Normann, muitos animais, como gaviões e falcões, se ferem ao cair de ninhos ou colidir com edificações. Outros são encontrados em locais inusitados, buscando abrigo ou alimento. É importante lembrar que esses animais não estão habituados à presença humana, podendo reagir de forma imprevisível.
Para situações em que é viável realizar a captura sem ferimentos, orienta-se que o animal seja encaminhado ao Parcão, onde funciona a DPA. Nos casos de maior complexidade, a equipe de Proteção Ambiental deve ser acionada para garantir o transporte seguro e o tratamento adequado antes da reintegração ao habitat natural.
A DPA também recebe denúncias sobre a manutenção ilegal de fauna silvestre. Durante a semana, contatos podem ser feitos via SMMADU pelo telefone (51) 3097-1990, e entre quinta e domingo, pelo número (51) 99645-7266. Os responsáveis são notificados pelos agentes municipais e os animais são recolhidos.
As penalidades podem ser severas. De acordo com a Lei 9.605/1998 e o Decreto Federal 6.514/2008, a multa por exemplar é de R$ 500, valor que se multiplica por dez se a espécie estiver em risco de extinção, como é o caso do papagaio-charão, uma ave emblemática do Rio Grande do Sul.
Nos primeiros sete meses de 2025, mais de 60 atendimentos já foram realizados, destacando o aumento desses episódios e a necessidade de intervenção contínua para preservar tanto a segurança das pessoas quanto a biodiversidade da região.

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