O Blanc Hospital, um empreendimento de alto padrão que possui duas instalações no Brasil, localizadas em Porto Alegre e em São Paulo, está sendo construído pela primeira vez fora de uma capital brasileira. O centro de saúde será levado para Caxias do Sul, no bairro São Pelegrino, e tem previsão para ser inaugurado em outubro de 2026. O hospital, que já presta atendimento particular e a convênios nas principais especialidades nas duas capitais, tem como foco a realização de cirurgias eletivas.
O Blanc será construído no mesmo local do Medvie Complexo Saúde, um empreendimento projetado por diversos investidores, que possui 230 unidades de funcionamento para atividades médicas. A empresa, no entanto, decretou falência, interrompendo a continuidade das obras. Com isso, um conselho com 115 investidores decidiu retomar o projeto do complexo em 2024, incluindo as operações do hospital Blanc em uma das duas centenas de unidades, representando cerca de 10% da área total.
A decisão de construir o hospital fora de um grande centro surgiu a partir do interesse do município caxiense, segundo o diretor hospitalar Luciano Santos, presidente da Associação Médica de Caxias do Sul. Ele explica, também, como foi a negociação para assumir a obra inacabada. "Já existia uma relação interpessoal entre os adquirentes do Medvie com um dos proprietários do Blanc. Eles (os proprietários) vieram conhecer o empreendimento inacabado e ficaram admirados com a qualidade da obra, com a apresentação, com o layout. Parecia que aquilo (o empreendimento) realmente tinha sido desenhado para um hospital modelo Blanc", explica.
O investimento do hospital em Caxias do Sul é de aproximadamente R$ 50 milhões, e visa atender cerca de 400 mil pacientes de toda a região serrana em especialidades como cirurgia geral, ginecologia, neurocirurgia, ortopedia e traumatologia. "O Blanc é feito para pessoas que buscam um diferencial na saúde, um atendimento humanizado, de uma forma muito afeiçoada, se aproximando e atendendo as necessidades que a nossa população merece e busca", pontua Luciano.
As cirurgias e procedimentos realizados no hospital serão de caráter eletivo, ou seja, são cirurgias programadas e consideradas de baixa e média complexidade, demandando poucas horas de observação no pós-cirúrgico. Luciano explica que o local terá também unidades de apartamentos para o paciente que irá passar por uma internação e vai embora somente no outro dia.
O hospital irá operar com 1,3 mil metros quadrados, distribuídos em seis salas cirúrgicas. Há previsão, segundo Luciano, para a ampliação de mais duas, com operação inicial de aproximadamente 20 profissionais da área da saúde.