Porto Alegre,

Publicada em 08 de Julho de 2025 às 18:45

Projeto de segurança cibernética é aplicado em escola de Picada Café

Idealizador do projeto, Paulo Barbosa explica que o jogo tem o intuito de evitar golpes a crianças e adolescentes

Idealizador do projeto, Paulo Barbosa explica que o jogo tem o intuito de evitar golpes a crianças e adolescentes

Marco Dieter/Divulgação/Cidades
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Larissa Britto
Larissa Britto Repórter
Um projeto-piloto voltado à segurança cibernética educacional foi aplicado em junho na escola Santa Joana Francisca, em Picada Café, no Vale do Sinos. A iniciativa, denominada de "Segurança em Jogo", foi elaborada pelo empresário e especialista em segurança cibernética Paulo Barbosa, e tem como propósito conscientizar crianças e adolescentes sobre os riscos do ambiente virtual de forma lúdica e educativa.
Um projeto-piloto voltado à segurança cibernética educacional foi aplicado em junho na escola Santa Joana Francisca, em Picada Café, no Vale do Sinos. A iniciativa, denominada de "Segurança em Jogo", foi elaborada pelo empresário e especialista em segurança cibernética Paulo Barbosa, e tem como propósito conscientizar crianças e adolescentes sobre os riscos do ambiente virtual de forma lúdica e educativa.
A ideia surgiu a partir do entendimento do especialista - que atua na área há 25 anos e também é pai de quatro alunos da escola, com idades entre oito e 13 anos - sobre a exposição excessiva de crianças e adolescentes no ambiente digital, visto que é um público mais vulnerável e suscetíveis a golpes virtuais e exposição de dados. "O projeto atua em todo ciclo educacional de cultura cibernética, ou seja, nós disponibilizamos conteúdos de aprendizado em formato de jogos. Mas também nós fazemos avaliações de conhecimento, montamos materiais de conscientização, que são cards e postagens em redes sociais, além de guias", explica Paulo.
O projeto-piloto, desenvolvido para crianças e adolescentes em idade escolar, aborda as diversas ameaças digitais que os alunos podem estar expostos. No jogo, os usuários navegam pelo espaço sideral através de uma nave pilotada por um astronauta, que corre risco de ser invadida por alienígenas. "Nesse contexto, as crianças e os adolescentes respondem a alguns desafios sobre bullying, uso excessivo de telas e compartilhamento de informações em chats de jogos online, que são situações que eles passam no dia a dia e que podem materializar alguma ameaça", pontua o especialista.
O sistema foi apresentado também aos professores, à equipe pedagógica e à direção da escola. Paulo conta que a ideia foi bem recebida pelos estudantes e professores. "A resposta (ao jogo) foi muito positiva, houve feedbacks como 'quero fazer mais'. Tivemos uma reunião inicial com os professores em que eu mostrei todo o programa, o que ia ser feito e a recepção foi muito legal também", explica.
O próximo passo, segundo o empresário, consiste em aplicar um programa completo junto à Secretaria de Educação, ou seja, elaborar diversos jogos que serão realizados ao longo do período letivo, a fim de aprofundar cada um dos temas, como o cyberbullying, que é uma forma de praticar o bullying através do ambiente virtual. Ele ressalta que o projeto possui revisão de conteúdo com pedagogos e professores, a fim de fazerem ponderações, apontamentos e sugestões de acordo com a particularidade e necessidade da escola.
"Nesse programa, além dos jogos, nós vamos fazer palestras para pais e professores, e terá também um jogo específico onde eles vão aprender como identificar um comportamento de uma criança e um adolescente, que dá algum sinal de que pode ter algum problema. O jogo vai ensinar como monitorar o celular dessas crianças sem ser invasivo e como ter algum controle sobre essa situação", avalia.
 

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