Porto Alegre,

Publicada em 25 de Junho de 2025 às 18:19

Em Camaquã, alunos aprendem a constituir empresa e criar produtos

Chamado de Agarrô, mecanismo foi criado a partir de uma impressora 3D

Chamado de Agarrô, mecanismo foi criado a partir de uma impressora 3D

Valentina Moraes/Divulgação/Cidades
Compartilhe:
Larissa Britto
Larissa Britto Repórter
Em Camaquã, na Metade Sul do RS, um grupo formado por 11 estudantes do ensino médio criou uma miniempresa para lançar um produto que visa auxiliar frequentadores de supermercados e feiras a carregarem suas sacolas de compras com menor esforço. O item, denominado Agarrô, foi criado em abril deste ano e pertence ao programa Junior Achievement, que capacita estudantes do ensino médio do estado para o mundo dos negócios.
Em Camaquã, na Metade Sul do RS, um grupo formado por 11 estudantes do ensino médio criou uma miniempresa para lançar um produto que visa auxiliar frequentadores de supermercados e feiras a carregarem suas sacolas de compras com menor esforço. O item, denominado Agarrô, foi criado em abril deste ano e pertence ao programa Junior Achievement, que capacita estudantes do ensino médio do estado para o mundo dos negócios.
O produto é feito a partir da impressão em 3D, um método de produção de alto custo. Por conta disso, a estudante de 16 anos e presidente da miniempresa, Vitória Dal Ben, explica que houveram desafios durante o processo. "A gente teve que achar fornecedores, só que aqui em Camaquã e nas regiões próximas não há locais que forneçam esse tipo de impressão de forma mais rápida e de qualidade. Então, a gente teve que ir para Porto Alegre pesquisar em várias lojas que forneciam esse processo e tivemos que lidar com os preços, porque a impressão 3D é uma coisa cara", explica a estudante do segundo ano.
O objetivo, segundo a entidade, é fazer com que a equipe crie seus próprios produtos, elaborem relatórios, calculem o lucro sobre as vendas e possam até mesmo devolver dinheiro aos acionistas, passando por toda a experiência de como ter um empreendimento verdadeiro.
Para obter recursos que permitissem o início da produção, a empresa que coordena o projeto distribuiu 100 ações aos estudantes para que pudessem vender a acionistas ou patrocinadores interessados. As ações foram vendidas a R$ 20 para 50 acionistas e, destes, 11 eram os próprios alunos. Atualmente foram vendidas 25 peças entre as cidades de Camaquã, Porto Alegre e Tapes, ultrapassando a meta dos estudantes, que era vender 20. "Comercializamos o produto pelo valor de R$ 120,00, pois precisamos pagar o custo e também os impostos A cada produto vendido temos um valor que é tirado de imposto que vai ser doado para uma instituição de caridade", afirma Vitória.
Ao final do projeto, em julho, os alunos receberão um certificado de conclusão, que será válido também no ensino superior. Para Vitória, o projeto tem um peso significativo, visto que, além da experiência, que ela considera como "ótima", há uma classificatória que determina os produtos que se destacaram em feiras de comercialização. Com isso, os estudantes podem subir de nível, divididos entre estadual, regional, nacional e internacional. "O nível internacional é um projeto em que todos os países que participam vão estar concorrendo ao primeiro lugar do produto escolhido para ganhar o primeiro lugar de sustentabilidade, de ser um mais inovador", diz.

Notícias relacionadas