Um ano após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul e transformaram a rotina de milhares de pessoas, a Escola Estadual de Ensino Médio Américo Braga, em Eldorado do Sul, viveu uma manhã de homenagens, reencontros e memórias. O evento celebrou a reconstrução da escola e eternizou o momento vivido por meio do descerramento de uma placa que será instalada na altura atingida pela água em 2024 - um marco simbólico de resistência, aprendizado e união.
Com 74 anos de história, a Américo Braga é uma das escolas mais tradicionais do município da Região Metropolitana e foi duramente impactada pela tragédia do ano passado. Desde então, governo do Estado, professores, estudantes e famílias vêm reconstruindo não apenas o espaço físico, mas também os laços afetivos e a força da comunidade escolar.
Durante o evento, os alunos da escola estadual protagonizaram jograis que contaram a trajetória da escola, homenagearam colegas e educadores e refletiram sobre as marcas deixadas pela enchente. Também houve declamação de poesias e apresentações artísticas ligadas à cultura gaúcha, levando emoção ao público presente na cerimônia de reinauguração da escola.
A secretária da Educação do Rio Grande do Sul, Raquel Teixeira, valorizou o protagonismo dos alunos e a união de todos na superação da tragédia. Ela também ressaltou a importância de transformar a dor em aprendizado e esperança. "Resiliência não é só superar. É resistir, adaptar e sair melhor e mais forte. A escola é um espaço de convivência, onde se aprende português e matemática, mas também empatia, respeito e colaboração", afirmou. Por fim, deixou uma mensagem de força: "2024 é um ano para jamais se esquecer, mas também um futuro para sempre lembrado".
A diretora Adriana também compartilhou lembranças marcantes do período da enchente e relembrou o esforço coletivo da equipe escolar durante os momentos mais difíceis. Ela ressaltou como a escola, mesmo em meio ao caos, manteve sua missão de acolher, ensinar e reconstruir. "Reconstruir não foi só levantar paredes. Foi reconstruir laços, memórias e confiança. Cada gesto de solidariedade era um tijolo na reconstrução emocional da nossa comunidade. Hoje, ao descerrar essa placa, não lembramos só da dor - reafirmamos a nossa força. Estamos vivos, estamos aqui. E queremos sorrir juntos novamente", disse.