Um evento sensorial, com música, costumes e gastronomia de época, marcará os 50 anos da Fundação Carlos Barbosa. A entidade é responsável pela preservação da Casa Museu Dr. Carlos Barbosa Gonçalves, em Jaguarão, em uma casa do ano de 1856, onde viveu desde a infância e morreu o médico e líder político, e hoje abriga um acervo de mais de 4 mil peças.
Na festa de aniversário, marcada para o dia 15 de março, os convidados poderão conhecer os salões onde aconteceram diversas reuniões políticas do deputado e presidente do Estado do Rio Grande do Sul, de 1908 a 1913, liderando iniciativas como a reestruturação da então Faculdade Livre de Medicina de Porto Alegre, o projeto de construção do Palácio Piratini, as obras do Cais da Capital, do porto de Rio Grande e da criação da Expointer, entre tantos outras realizações.
O telefone, o primeiro aparelho no Estado, por onde Barbosa falava com o Palácio Piratini em linha direta, está em uma das salas da casa, assim como porcelanas, cobertas de mesas, móveis, roupas e até uma lâmpada de 1900 - a residência foi a primeira de Jaguarão a ter energia elétrica instalada. Outra peculiaridade exposta é a "xícara bigodeira", que permitia aos homens tomar chá sem que os bigodes perdessem a armação feita com cera.
"O museu é uma viagem ao tempo", conta o presidente da Fundação, Clovis Teixeira Goncalves da Silva, também descendente do político. Ao citar outras atrações, como o piano da época, que será tocado por um músico convidado, o presidente observa a importância do museu e do trabalho da fundação. "Preservar e celebrar a história desta família e do homem que tanto fez pelo desenvolvimento do Estado na política, na saúde, na infraestrutura e em tantas outras frentes é o que nos move", comenta. "Para comemorar as cinco décadas dessa missão, projetamos diversas iniciativas para qualificar ainda mais o trabalho da Casa Museu e os seus elos com pesquisadores, professores de escolas e comunidade em geral", resume o presidente.
No dia 15, haverá a exibição de um documentário com relatos de pessoas que guardam memórias de momentos compartilhados com os membros da família Barbosa Gonçalves. Entre outras atividades, uma experiência gastronômica, com pratos e vinhos apreciados pelo político.
O museu, com dois anos menos que a fundação, tem uma agenda semanal com atrativos para a visitação. "É uma ótima oportunidade não só para os visitantes, mas, também, para quem passa por Jaguarão em direção ao Uruguai", observa a agente cultural do espaço, Larissa Bitar Duarte.
Ela explica a agenda que, regularmente, está disponível para visitação. De segundas a sábados, há oficinas e visitas guiadas para crianças, estudantes e grupos. A festa de comemoração acontecerá no dia 15 de março, a partir das 18h.