Porto Alegre, sáb, 05/04/25

Publicada em 21 de Janeiro de 2025 às 18:43

Laboratório do RS inicia a produção de vinho da safra 2025

Laren recebeu 60 amostras da Serra e Campanha para analisar a qualidade da uva produzida para este ano

Laren recebeu 60 amostras da Serra e Campanha para analisar a qualidade da uva produzida para este ano

/Fernando Dias/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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jornal cidades
O Laboratório de Referência Enológica Evanir da Silva (Laren), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, começou a receber as primeiras uvas de 2025. Desde o início do mês já chegaram ao local, que fica em Caxias do Sul, cerca de 60 amostras para a microvinificação, que é a produção de vinhos genuínos feita pela Cantina da instituição. O processo é realizado para análise da qualidade da uva e do vinho da safra.
A fiscal estadual agropecuária e engenheira agrônoma Carolina Grziwotz Scienza explica que as microvinificações são a produção de vinhos genuínos pela Cantina. "O nome do processo deve-se à produção em pequena escala de vinhos oriundos das uvas coletadas por fiscais estaduais agropecuários atuantes nas 15 supervisões regionais da pasta", conta. 
As coletas são realizadas conforme o Plano Amostral determinado pelo Laren, que tem como base os dados da produção de uvas, por variedade, região e município, da safra anterior. "Para 2025 estão previstas coletas de 269 amostras em todo o Estado e durante toda a época de produção, que ocorre entre janeiro e março", explica. As amostras de uvas colhidas pelos fiscais são recebidas na cantina, pesadas e cadastradas por meio da atribuição de um número sequencial e do ano da safra corrente.
As uvas são tintas e brancas, tanto comuns quanto viníferas das variedades com produção representativa no Rio Grande do Sul e de todas as regiões produtoras do fruto, além da Serra e Campanha, que são as mais tradicionais na produção de vinhos.
O processo inicia com a retirada manual das bagas do cacho, processo conhecido como desengace, e o esmagamento de cada amostra de uva, também realizado de forma manual. Após essa etapa, as uvas tintas seguem para a fermentação junto com as cascas em tanques de inox com capacidade de 15 litros, e as brancas passam por uma prensa pneumática para a separação das cascas, e o mosto dessas uvas vai direto para garrafões com volume de 4,7 litros, daí o nome microvinificação, esclarece Carolina.
Após o período de fermentação, são feitas trasfegas (mudança de garrafão) para a retirada das borras e do ácido tartárico precipitado, um componente natural dos vinhos. Na última trasfega, os garrafões de vinho são armazenados em câmara fria até a estabilização da bebida.
No laboratório da Cantina são realizadas análises iniciais relacionadas à acidez, açúcares e evolução da fermentação dos vinhos. Amostras desses vinhos também seguem para análises isotópicas e cromatográficas que compõem o banco de dados do laboratório, que é produzido desde 2004.
A engenheira agrônoma afirma que as uvas recebidas até agora estão com bom aspecto visual, bagas cheias e cachos uniformes com características típicas de cada variedade.
O Laboratório elabora anualmente, desde 2004, vinhos genuínos, através de microvinificações os quais compõem um banco de dados que serve de referência para análises isotópicas e cromatográficas. O número de amostras a serem coletadas anualmente é determinado levando-se em conta a produção de uvas por município e por variedade, no Rio Grande do Sul, do ano anterior ao da coleta.
 

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