Está em curso, em Santa Maria, o Plano Municipal de Redução de Risco. Realizado pela prefeitura, a intenção é definir as ações de prevenção contra desastres nas regiões. A previsão de conclusão do estudo técnico é para o primeiro semestre de 2025.
O estudo apontará intervenções, como desassoreamento do Arroio Cancela, entre outras ações, de acordo com o chefe de gabinete Santa Maria, Alexandre Lima. "O plano irá dessecar cada uma das áreas e apontar soluções. A última opção é o descolamento das pessoas", comenta
Uma pesquisa foi realizada Serviço Geológico do Brasil identificou que são 26 as áreas de risco no município. Segundo Alexandre, desde 2017 a prefeitura passou a monitorar todas as áreas de risco que foram surgindo, até chegar ao total de 118. "Gradativa e paralelamente íamos resolvendo muitas delas, como limpeza de bueiros, desassoreamento, micro e micro drenagem. Até que em maio deste ano recebemos o documento do Serviço Geológico do Brasil e tivemos a confirmação atestando que são 26", comentou.
Ele também aborda que outro estudo, encomendado pela prefeitura, será concluído nos próximos 90 dias. Nele, será apontado quantos dos 750 moradores do Morro do Cechella, o mais afetado nas chuvas de maio deverão ser realocados. Após essa pesquisa, serão destinadas R$ 30 milhões do governo federal para realizar as intervenções. "Todos esses estudos são complementares. Essas áreas nunca mais serão as mesmas. Em algumas situações será mais barato comprar novas residências em outros locais", analisa Alexandre.
No período das enchentes de maio, diversas casas em áreas críticas da cidade foram destruídas. Cinco pessoas morreram. Após cinco meses do desastre climático, 309 famílias estão no aluguel social a partir daquele mês. A prefeitura paga um aluguel de até R$ 1,2 mil por mês no período de 12 meses para essas famílias. Na próxima semana, o Executivo entregará 30 novas residências para os moradores que foram atingidos, e para os próximos meses, estão previstas mais 160 casas de até 200 mil cada. No total, serão R$ 21 milhões da prefeitura destinados para a aquisição das residências.
Os 119 domicílios restantes também serão contemplados em um futuro próximo, de acordo com o atual prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom. "Iremos comprar casa para quem for necessário. A ideia inicial é adquirir residências para as famílias que já estão morando de aluguel para não precisarem se mudar", promete o prefeito.
Além do mapeamento geológico e da atualização do Plano Municipal de Risco, entre as ações já realizadas pela prefeitura estão o aumento de equipe da Defesa Civil e a compra de carro, drone e demais equipamentos. Pozzobom pontua que, em caso de necessidade, o aluguel social poderá ser prorrogado. "Iremos comprar o maior número de casas até o final do ano", comenta