Com a ponte entre Marques de Souza e Travesseio, no Vale do Taquari, destruída pela força da correnteza do rio Forqueta no mês de maio, os municípios têm dificuldade na locomoção de cargas e pessoas. Para tentar agilizar uma solução, os moradores formaram, no mês passado, a Associação de Amigos de Marques de Souza e Travesseiro para angariar recursos na execução de uma estiva ou ponte pequena. Em fase de arreação, foram coletados R$ 235 mil. A estimativa é contar com, pelo menos, R$ 2 milhões.
A estrutura não poderá ser aproveitada e terá que ser implodida. O estrago do principal acesso entre as cidades dificulta o escoamento da produção de suínos, aviários e leites. Também, no deslocamento diário dos moradores quem trabalham em uma cidade e residem na outra.
Como uma alternativa provisória foi inaugurada uma pinguela, em 14 de junho, para o tráfego de pedestres, ciclistas e motociclistas. No valor total de R$ 120 mil, o investimento foi dividido pela metade (R$ 60 mil) pelo poder público de cada município, mas não resolve o problema.
Para realizar o deslocamento por automóveis, há as alternativas de estacionar próximo a ponte pênsil e continuar o trajeto a pé, ou ir até os municípios de Arroio do Meio, Lajeado para depois chegar a Marques de Souza. Essa segunda opção para os veículos automotivos leva, em média, uma hora para percorrer os 40 quilômetros.
A presidente da Associação de Amigos de Marques de Souza e Travesseiro, Edna Kremer, afirma que a entidade precisa de um volume maior de doações, sobretudo de grandes empresas, para viabilizar o projeto de uma nova ponte. "Por isso, nas próximas semanas, vamos fazer visitas às companhias de outros municípios para informá-los sobre a situação e pedir apoio para a obra" O grupo é formado por habitantes das duas cidades, entre eles, professores, agricultores e empresários.
Além disso, foi criado uma chave Pix (travessiadaamizade@gmail.com) para doações, além de produtos personalizados. No entanto, os movimentos são insuficientes para chegar aos R$ 2 milhões.
Como só foram arrecadados cerca de 10% do previsto, a entidade não há um cronograma de cada etapa do processo. No entanto, a estimativa é que depois de iniciada as obras da via de acesso em três a quatro meses esteja concluída. O local da construção será perto da ponte antiga - no centro de Marques de Souza e no o bairro Picada Felipe Essig, em Travesseiro - ainda a ser definida
Uma ponte de menor proporção é uma alternativa à construção de uma nova no lugar em que existia a destruída pela enchente. A obra seria feita pelo governo federal, no valor de R$ 15 milhões. Uma outra alternativa seria a criação de uma estiva para ligar as duas cidades.