O Núcleo de Informações Hidrometeorológicas (NIH) da Universidade do Vale do Taquari (Univates) divulgou o boletim de previsão para o inverno na região, destacando os principais prognósticos. Para o Vale do Taquari, a tendência é de que o mês de julho registre as menores temperaturas médias e de que a estação tenha chuvas distribuídas de forma mais irregular ao longo de julho e agosto, com volumes acima da média normal - uma má notícia para a região que, desde setembro, sofreu com três enchentes.
De acordo com o NIH, que se baseia nos Centros Internacionais de Meteorologia, a região está sob neutralidade climática, sem a influência dos fenômenos El Niño ou La Niña. Contudo, de acordo com dados da Administração Nacional de Oceano e Atmosfera (NOAA) dos Estados Unidos, há uma probabilidade de 65% de que o fenômeno La Niña (em que uma das características é o aumento no volume de chuvas) retorne no trimestre que compreende os meses de julho, agosto e setembro deste ano.
O La Niña está previsto para começar na segunda metade do inverno. Ainda assim, não se espera uma influência significativa durante esta estação. Devido ao seu estabelecimento tardio e ao processo gradual de resposta da atmosfera, os efeitos serão mais perceptíveis no início da primavera, conforme o Núcleo.
Os eventos de frio intenso continuam a ocorrer no inverno, mas tendem a ser menos frequentes e menos duradouros. Espera-se a ocorrência de ondas de frio, com geadas mais amplas e fortes, especialmente nos meses de junho e julho, quando o frio pode ser mais rigoroso. O Vale do Taquari costuma registrar as menores temperaturas mínimas absolutas em junho, e em julho as menores temperaturas médias.
Para o final da estação, a tendência é de dias com grande amplitude térmica, e não se descarta a possibilidade de ondas de calor em setembro, segundo o boletim meteorológico. Além disso, episódios de frio com chance de geadas tardias podem ocorrer tanto em agosto quanto em setembro, mês que marca o início da primavera.
A tendência para o trimestre, conforme a previsão, é de que as precipitações fiquem acima do padrão climatológico, sendo a média trimestral de 461 milímetros. O prognóstico é de um inverno com chuvas distribuídas de forma mais irregular ao longo de julho e agosto.