Porto Alegre,

Publicada em 14 de Maio de 2024 às 18:27

São Gabriel estima perdas de R$ 214 milhões no setor produtivo

Lavouras de soja, de arroz e a ovinocultura foram as mais afetadas, conforme levantamento da Emater

Lavouras de soja, de arroz e a ovinocultura foram as mais afetadas, conforme levantamento da Emater

Vitor da Luz/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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jornal cidades
Um dos municípios líderes na produção agropecuária no Rio Grande do Sul, São Gabriel já acumula R$ 214,3 milhões em prejuízos devido às cheias que se iniciaram no fim de abril. Levantamento da Emater aponta que as lavouras de soja, de arroz e a ovinocultura são as principais afetadas pelos alagamentos no município da Fronteira Oeste. A tendência é que os danos aumentem por conta do prolongamento das chuvas, ampliando impactos na economia local e regional.
Um dos municípios líderes na produção agropecuária no Rio Grande do Sul, São Gabriel já acumula R$ 214,3 milhões em prejuízos devido às cheias que se iniciaram no fim de abril. Levantamento da Emater aponta que as lavouras de soja, de arroz e a ovinocultura são as principais afetadas pelos alagamentos no município da Fronteira Oeste. A tendência é que os danos aumentem por conta do prolongamento das chuvas, ampliando impactos na economia local e regional.
Conforme o levantamento, o excesso de chuvas paralisou e causou problemas na colheita da soja, encharcando vagens, rompendo filamentos e aumentando a umidade dos grãos, causando a germinação e perda de qualidade comercial. O chefe do escritório local da Emater, Guilherme Coradini Fontoura da Silva, informou que, da área total plantada no município, ainda restam 68 mil hectares para serem colhidos (50% da área plantada). Em 67 mil hectares, a estimativa é de perda de produtividade de 50%. Nos mil hectares restantes, a perda deve ser total. Só na cultura o prejuízo é de R$ 169,4 milhões.
No caso do arroz, estima-se uma perda de produtividade de 30% nos 7.800 hectares que ainda não haviam sido colhidos, o que provoca perdas de R$ 44,4 milhões. Na ovinocultura, as perdas ocorrem pela diminuição da quantidade e da qualidade da lã, visto que os animais ficam molhados por longos períodos de tempo, o que também provoca doenças e prejudica a manutenção e ganho de peso. O prejuízo é estimado em R$ 329 mil. Há ainda perdas na produção de leite (R$ 51 mil) e no hortifrúti, especialmente a alface (R$ 113 mil).
"Os prejuízos tendem a aumentar em toda a nossa economia porque a enchente foi muito grande. Sabemos que o nosso país e o nosso Estado dependem muito da produção primária, mas no nosso município essa dependência é ainda maior. O agro é o setor que tem mais peso na nossa economia. Estamos trabalhando com produtores, entidades do setor como a Farsul e parlamentares para a ampliação das medidas de socorro a quem produz no campo", informou o prefeito Lucas Menezes.
 

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