América Latina é onde desejo de emigrar mais cresceu em 10 anos

Em 2022, cerca de 1,2 bilhão de pessoas gostariam de deixar de maneira definitiva o país onde moram

Por Folhapress

Guerra da Ucrânia gerou mais de 8 milhões de refugiados na Europa
Em 2022, cerca de 1,2 bilhão de pessoas gostariam de deixar de maneira definitiva o país onde moram se pudessem, de acordo com amplo estudo do Instituto Gallup. O número corresponde a 15% da população mundial - hoje mais de 8 bilhões de pessoas.
O percentual aumentou três pontos em comparação à pesquisa anterior, feita em 2011. A vontade de emigrar é maior entre os que moram na África Subsaariana (36%), na América Latina e no Caribe (31%) e no Oriente Médio e no Norte da África (29%) - as três regiões onde esse desejo mais aumentou nos últimos 12 anos, com destaque para América Latina e Caribe, onde a diferença é de 13 pontos percentuais.
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A Guerra da Ucrânia forçou milhões de pessoas a mudarem de país, gerando mais de 8 milhões de refugiados na Europa, e a se deslocarem internamente, situação em que hoje estão mais de 5 milhões de pessoas dentro na Ucrânia, segundo a ONU.
A combinação desemprego-desencanto também marca as outras duas regiões em que o desejo de migrar mais cresceu no período. A África Subsaariana e a área que engloba Oriente Médio e Norte da África são onde as taxas de desemprego batem recordes no planeta e, no caso da região do Magreb, onde as promessas da Primavera Árabe acabaram em boa parte convertidas em instabilidade política e autoritarismo.
O Gallup fez também um levantamento de quais são os destinos mais desejados entre aqueles que querem emigrar, e os Estados Unidos são os mais citados, com 17% das menções das pessoas que desejam mudar de país. Em seguida, estão Canadá (9%), Alemanha (5%) e França (4%), empatada no quarto lugar com Espanha e Austrália.