Suprema Corte dos EUA revisará anulação parcial de dívida estudantil por Biden

Política de Biden que anula parte das dívidas de milhões de estudantes tem custo para as finanças públicas estimado em US$ 400 bilhões

Por AFP

WASHINGTON, DC - OCTOBER 21: The Supreme Court is seen at sunset on Capitol Hill on October 21, 2021 in Washington, DC. Texas officials asked the Supreme Court on Thursday to not block the state's recent abortion law, which bans the procedure after six weeks or when a fetal heartbeat can be detected. Anna Moneymaker/Getty Images/AFP (Photo by Anna Moneymaker / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
A Suprema Corte dos Estados Unidos aceitou nesta quinta-feira (1º) revisar em caráter de urgência uma medida histórica do presidente Joe Biden destinada a anular parte das dívidas de milhões de estudantes do país.
A mais alta corte norte-americana dedicará uma audiência ao caso em fevereiro ou março, segundo uma breve ordem publicada em seu site. Na espera da decisão, a Suprema Corte rejeitou suspender o bloqueio desta política imposto pelos tribunais estaduais.
O presidente democrata, que se apresenta como um defensor das classes trabalhadoras, anunciou em final de agosto a eliminação de parte da colossal dívida estudantil norte-americana em até US$ 20 mil por pessoa.
Este projeto, cujo custo para as finanças públicas é estimado em US$ 400 bilhões, foi levado imediatamente aos tribunais pelos vários estados conservadores que denunciaram um abuso de poder na véspera das eleições de meio de mandato.
Em meados de novembro, uma corte federal de apelações deu razão aos estados e bloqueou a implementação da medida. Em resposta, o governo democrata recorreu à Suprema Corte para pedir a revogação desta decisão. Paralelamente, o governo estendeu até junho uma moratória sobre a dívida de milhões de estudantes colocada em prática no início da pandemia de Covid-19.