Autoridade iraniana diz que 50 policiais morreram em protestos

Ele não falou sobre o número de manifestantes mortos, mas disse que o Ministério do Interior formou um painel para investigar as mortes

Por Agência Brasil

IRAN-POLITICS-DEMONSTRATION Iranians rally in the capital Tehran to denounce a mass shooting at a key shrine that killed more than a dozen worshippers, on October 28, 2022. The Sunni Muslim extremist Islamic State group claimed responsibility for the October 26 attack on the Shiite shrine of Shah Cherah in the southern city of Shiraz. AFP
Cerca de 50 policiais foram mortos nos protestos que abalam o Irã desde setembro, disse o vice-ministro das Relações Exteriores nesta quinta-feira (24), dando o primeiro número oficial de mortos em meio à intensificação da repressão em áreas curdas nos últimos dias.
As forças de segurança iranianas têm entrado em confronto com manifestantes em todo o país, e a comissão de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que mais de 300 manifestantes morreram desde a morte sob custódia da curda Mahsa Amini, de 22 anos, em 16 de setembro.
"Cerca de 50 policiais foram mortos durante os protestos e centenas ficaram feridos", afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Bagheri Kani, que é também o principal negociador nuclear do Irã, em entrevista à televisão indiana.
Ele não falou sobre o número de manifestantes mortos, mas disse que o Ministério do Interior formou um painel para investigar as mortes.
Os protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini, depois que ela foi detida pela polícia da moralidade por trajes considerados impróprios sob o estrito código de vestimenta islâmico do Irã, se espalharam rapidamente por todo o país. A reivindicação se concentram nos direitos das mulheres, mas os manifestantes também pedem a queda do líder supremo aiatolá Ali Khamenei.