Turquia ataca forças curdas no acampamento sírio de Al-Hol, diz ONG

Campo de detenção de Al-Hol, na Síria, abriga famílias de supostos jihadistas, mas também refugiados sírios e iraquianos

Por AFP

A handout picture released by the official telegram channel of Syria's General Organization of Radio and Television on November 23, 2022 shows a fire raging at an unspecified hydrocarbon facility reportedly following a Turkish air strike in the vicinity of Tal Awdah in northeastern Syria's Hasakah province. - A Turkish strike hit a Kurdish position inside a Russian base in Syria on November 23, killing a fighter, a Kurdish official said, as Turkey pressed an air offensive against Kurdish targets in Syria and Iraq. The Britain-based war monitor the Syrian Observatory for Human Rights also reported Turkish drone strikes against four oil or gas facilities in Hasakeh province, including a gas refinery and an oil pumping station. (Photo by AFP) / === RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / HO / SYRIAN STATE TELEVISION" - NO MARKETING - NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS ===
A Turquia bombardeou, nesta quarta-feira (23), as forças curdas que controlam o campo de detenção de Al-Hol, no nordeste da Síria, onde estão mais de 50.000 pessoas, incluindo familiares de membros do grupo Estado Islâmico (EI), informaram fontes curdas e uma ONG.
"A aviação turca executou cinco bombardeios contra as forças de segurança internas curdas (Assayesh) dentro do campo", disse à AFP Farhad Chami, um porta-voz das Forças Democráticas da Síria, dominadas por combatentes curdos.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com sede em Londres, informou, ao contrário, que os bombardeios tiveram como alvo posições curdas fora do campo, mas que "espalharam o caos" em seu interior.
O superlotado campo de Al-Hol é administrado pelos curdos e abriga familiares de supostos jihadistas, mas também refugiados sírios e iraquianos. Entre os detidos, há mais de 10.000 estrangeiros de cerca de 60 países.
O porta-voz das Forças Democráticas Sírias alertou que "algumas famílias do EI podem fugir do campo", aproveitando-se do caos. Apesar dos apelos da administração curda, a maioria dos países ocidentais se recusa a repatriar seus cidadãos e só o faz a conta-gotas por medo de ações terroristas em seu território.
Nesta quarta-feira, a Turquia continuou atacando posições de combatentes curdos no norte da Síria e planeja lançar uma operação terrestre para "proteger" sua fronteira sul.
ONG