Presidentes de Cuba e Rússia mostram unidade ante os EUA

Díaz-Canel espera que a visita à Rússia ajude a impulsionar o setor energético de seu país, em meio a prolongados apagões e à escassez de combustível

Por AFP

Cuban President Miguel Diaz-Canel Bermudez (L) and Russian President Vladimir Putin inaugurate a monument to late Cuban leader Fidel Castro in Moscow on November 22, 2022. (Photo by Sergei GUNEYEV / SPUTNIK / AFP)
O presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo cubano, Miguel Díaz-Canel, apresentaram nesta terça-feira (22) uma frente unida contra os Estados Unidos, seu "inimigo" comum, e criticaram as sanções ocidentais. Ambos os líderes inauguraram um monumento de bronze em homenagem a Fidel Castro na capital russa, Moscou, e Putin elogiou o revolucionário cubano como um homem "brilhante".
O chefe do Kremlin, que enviou tropas à Ucrânia em fevereiro, elogiou a amizade de décadas de Moscou com Cuba e disse que os dois países deveriam intensificar sua cooperação. "Sempre nos opusemos a vários tipos de restrições, embargos, bloqueios", disse Putin ao líder cubano, no Kremlin, celebrando o apoio de Havana a Moscou na cena internacional.
Díaz-Canel afirmou, por sua vez, que sua visita a Moscou teve um significado "profundo". "Em primeiro lugar, ocorre porque ambos os países – Rússia e Cuba – estão sujeitos a sanções injustas e arbitrárias que continuam, e têm um inimigo comum, o império ianque que manipula grande parte do mundo", declarou.
O presidente cubano mostrou apoio à Rússia em seu confronto com países ocidentais e defendeu que Moscou deve se manter firme. Cuba está sob sanções dos Estados Unidos há mais de seis décadas, enquanto a Rússia se encontra pressionada por uma onda de sanções ocidentais sem precedentes desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Díaz-Canel espera que a visita à Rússia ajude a impulsionar o setor energético de seu país, em meio a prolongados apagões e à escassez de combustível.