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Irã registra noite violenta com ao menos 15 mortes em protestos por Mahsa Amini
A onda de protestos atual no Irã teve início após a morte da curda Mahsa Amini, em setembro
Imerso em uma onda de protestos, o Irã registrou nesta quarta (16) um dos momentos mais violentos de enfrentamento entre agentes de segurança e civis. Balanço do jornal The Guardian aponta que ao menos 15 pessoas morreram em diferentes partes do país.
Em Izeh, ao sul, ao menos sete pessoas morreram, entre elas um menino de 9 anos, após um confronto em um mercado da cidade. O regime afirma que dois homens, que descreve como terroristas, atiraram contra forças de segurança, que então revidaram.
Manifestantes, porém, atribuem as mortes à milícia Basij, ala paramilitar da Guarda Revolucionária do Irã, controlada pelo líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei. A milícia tem atuado na repressão à dissidência no país do Oriente Médio.
Segundo agências de notícias ligadas ao Estado, outras cinco pessoas foram mortas na área de Isfahan, em um episódio separado, e há mais relatos de mortes na região do Curdistão, no noroeste, que elevaram o número de vítimas para ao menos 15.
As manifestações e a repressão do regime foram intensificados desde terça (15), quando organizadores dos protestos conclamaram três dias de ação para celebrar o aniversário dos atos de novembro de 2019, a última grande onda de pressão contra o regime teocrático iraniano, motivada pelo aumento do preço dos combustíveis.
Relatos e vídeos publicados em redes sociais ao longo da quarta-feira mostram cenas de repressão policial em estações de metrô de Teerã. Em um deles, policiais são vistos atirando e batendo em mulheres dentro dos trens, mas as imagens não puderam ser confirmadas de maneira independente.