Na Itália, divergências de aliados na campanha minam promessas de futuro governo

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, deu início a consultas formais para fornecer um novo governo em poucos dias

Por Agência Estado

This handout photo taken and released on January 29, 2022, by the press office of the presidential Quirinale Palace shows Italian President Sergio Mattarella delivering a speech after his re-election, following the 8th round of voting, in Rome. (Photo by Handout / Quirinale Press Office / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / QUIRINALE PALACE PRESS OFFICE" - NO MARKETING - NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, deu início a consultas formais para fornecer um novo governo em poucos dias, mas a disputa entre aliados de campanha de direita corre o risco de minar promessas favoráveis à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e pró-Europa da futura coalizão governista sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Giorgia Meloni, do partido Irmãos da Itália, que contabilizou maioria dos votos e apoiou firmemente a Ucrânia em sua defesa contra a Rússia, está ansiosa para se tornar a primeira líder de extrema-direita do país a chefiar um governo desde o fim da Segunda Guerra, além de ser a primeira mulher a ocupar o cargo.
Entretanto, para garantir maioria dominante no Parlamento e levar ao poder seu partido com suas raízes neofascistas, Meloni precisa governar em coalizão com as forças de Matteo Salvini, o líder da Liga, e de Silvio Berlusconi, ex-primeiro-ministro e aliado de sua campanha,gravações de áudio de Berlusconi expressando simpatia pelo presidente russo Vladimir Putin, que arriscaram sabotar qualquer unidade de coalizão, apesar de o ex-primeiro-ministro insistir ser um defensor inabalável da Otan e dos Estados Unidos durante toda a campanha eleitoral.