Irã diz que Mahsa Amini morreu por doença, não agressões da polícia

A morte da jovem curda, detida em Teerã por supostamente não usar o hijab, o véu islâmico, da forma correta, disparou uma onda de protestos que já dura três semanas

Por Folhapress

Women hold up signs depicting the image of 22-year-old Mahsa Amini, who died while in the custody of Iranian authorities, during a demonstration denouncing her death by Iraqi and Iranian Kurds outside the UN offices in Arbil, the capital of Iraq's autonomous Kurdistan region, on September 24, 2022. - Angry demonstrators have taken to the streets of major cities across Iran, including the capital Tehran, for eight straight nights since the death of 22-year-old Mahsa Amini. The Kurdish woman was pronounced dead after spending three days in a coma following her arrest by Iran's feared morality police for wearing the hijab headscarf in an "improper" way. (Photo by SAFIN HAMED / AFP) Caption
O regime iraniano divulgou nesta sexta-feira (7) o relatório de um legista que se prestou a reforçar a versão oficial de que a morte da jovem Mahsa Amini, que estava sob custódia da polícia moral do país, está ligada a um quadro médico - e não, portanto, a agressões de que ela teria sido vítima, segundo afirmam sua família e ativistas.
A morte da jovem curda, detida em Teerã por supostamente não usar o hijab, o véu islâmico, da forma correta,
A agência Reuters não conseguiu contato com a família. Um vídeo da jovem sorrindo e ouvindo música foi visto quase 150 mil vezes na conta do Twitter 1500tasvir, que se dedica a acompanhar os protestos.
O caso chama a atenção porque repete o roteiro de outro ocorrido no início desta semana, para justificar a morte de Nika Shakarami, 17 anos. Ativistas afirmam que a jovem morreu devido a agressões da polícia, que aponta que ela se atirou de cima de um telhado. A mídia estatal disse que uma investigação judicial foi aberta sobre a morte.