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Venezuela e Colômbia reabrem fronteiras para veículos de carga fechadas há 7 anos
A reabertura é vista como um primeiro passo para tentar recuperar o intercâmbio comercial entre os dois países, que chegou a US$ 7,2 bilhões em 2008
Venezuela e Colômbia reabriram a fronteira entre os dois países na segunda-feira (26) para a travessia de veículos de carga após sete anos de fechamento parcial por divergências políticas. A reabertura foi marcada por uma cerimônia presidida pelo presidente colombiano, Gustavo Petro, e pelo governador do Estado venezuelano de Táchira, Freddy Bernal.
A solenidade protocolar que teve a participação das duas delegações aconteceu na Ponte Internacional Simón Bolívar, principal passagem fronteiriça entre os dois países, que já foi liberada para a passagem dos primeiros caminhões de carga nos dois sentidos. As conexões aéreas entre os países também foram retomadas.
O presidente Gustavo Petro descreveu o fechamento como um "suicídio que não deve se repetir" e disse que a reabertura vai favorecer o progresso da região. "Que isso que acontecerá hoje seja para a prosperidade do povo de Norte de Santander (Estado colombiano) e da Colômbia", disse Petro, pouco antes do início da solenidade.
Petro também destacou que o ato favorece a garantia de direitos humanos na região, afetada pelas dissidências das Farc, pelo Exército da Libertação Nacional (ELN) e por narcotraficantes. "Isso deve resultar em um salto qualitativo em matéria de direitos humanos em toda a fronteira. Deve resultar em um aumento da qualidade de vida", garantiu o chefe de Estado.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que não esteve presente na cerimônia de reabertura, afirmou no Twitter que o ato marca o "início de uma nova etapa" nas relações bilaterais, depois da chegada ao poder de Gustavo Petro, em agosto.
"A reabertura da fronteira entre Colômbia e Venezuela é, sem dúvida, um acontecimento histórico que marca o início de uma nova etapa nas relações de irmandade, respeito e paz. Somos povos unidos pelo laço inquebrantável do bolivarianismo", escreveu o presidente venezuelano.