Irã tem manifestações em ao menos 46 cidades, após morte de Mahsa Amini

Manifestações no Irã ocorrem desde 17 de setembro, com a contagem a partir de declarações oficiais em ao menos 13 mortos, além de mais de 1.200 manifestantes presos

Por Agência Estado

Women chant slogans and hold up signs depicting the image of 22-year-old Mahsa Amini, who died while in the custody of Iranian authorities, during a demonstration denouncing her death by Iraqi and Iranian Kurds outside the UN offices in Arbil, the capital of Iraq's autonomous Kurdistan region, on September 24, 2022. - Angry demonstrators have taken to the streets of major cities across Iran, including the capital Tehran, for eight straight nights since the death of 22-year-old Mahsa Amini. The Kurdish woman was pronounced dead after spending three days in a coma following her arrest by Iran's feared morality police for wearing the hijab headscarf in an "improper" way. (Photo by SAFIN HAMED / AFP) Caption
O Irã tem protestos em pelo menos 46 cidades do país, com a televisão estatal sugerindo que ao menos 41 pessoas tenham morrido em meio às manifestações dos últimos dias. As manifestações ocorrem desde 17 de setembro, com a contagem a partir de declarações oficiais em ao menos 13 mortos, além de mais de 1.200 manifestantes presos. Países como Estados Unidos, Canadá, França, Grécia, Iraque e Chile também tiveram protestos contra a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, detida pela polícia da moralidade do país e morta enquanto estava sob custódia das autoridades.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou neste domingo (25) que convocou o embaixador britânico para protestar contra o que descreveu como atmosfera hostil criada pela mídia em língua farsi sediada em Londres. Teerã também criticou agências de notícias e convocou o embaixador da Noruega no país para protestar contra recentes declarações do presidente do Parlamento norueguês, Masud Gharahkhani.
O estopim dos protestos foi a morte de Mahsa Amini. Ela foi detida pela polícia em Teerã por supostamente estar com seu véu islâmico muito frouxo sobre a cabeça. A polícia afirma que ela morreu por um ataque cardíaco e que não sofreu maus-tratos, mas sua família coloca a versão em dúvida. A morte da jovem gerou forte condenação de países do Ocidente e da Organização das Nações Unidas.
Houve, porém, também manifestações a favor do governo em várias cidades do Irã neste domingo. Milhares participaram de um ato na Praça da Revolução (Enghelab), e algumas autoridades estiveram presentes, entre eles o porta-voz do gabinete de governo, Ali Bahadori Jahromi.