Biden pedirá na ONU reforma no Conselho de Segurança

A reforma no Conselho de Segurança é um tema recorrente em quase todas as crises internacionais quando um dos cinco membros permanentes exerce seu direito de veto

Por afp

In this image released by the White House, US President Joe Biden speaks with Russian President Vladimir Putin from the presidential retreat in Camp David, Maryland, on February 12, 2022. - President Biden warned President Putin in the phone call that the US "will respond decisively and impose swift and severe costs on Russia" should it invade Ukraine. According to a readout from the White House, Biden stressed that "while the United States remains prepared to engage in diplomacy, in full coordination with our Allies and partners, we are equally prepared for other scenarios." (Photo by WHITE HOUSE/AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / The White House" - NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, planeja pedir uma reforma urgente no Conselho de Segurança da ONU, durante a Assembleia-Geral da organização, indicou o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.
Com a frustração de funcionários norte-americanos após o veto de Moscou a pronunciamentos sobre a invasão à Ucrânia, Biden poderia exigir em particular ao secretário-geral da ONU reformas urgentes no Conselho de Segurança, ou poderia fazê-lo em público, comentou Sullivan. "Espero que o presidente fale profundamente sobre a questão da reforma no Conselho de Segurança da ONU enquanto estiver em Nova York."
A reforma no Conselho é um tema recorrente em quase todas as crises internacionais quando um dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França) exerce seu direito de veto para impedir resoluções propostas por outros. Mas a forma como Moscou tem usado seu poder de veto desde que invadiu a Ucrânia levou Washington a retomar o tema e insistir na ampliação do Conselho, que tem 15 membros, incluindo os cinco permanentes.
"Acredito que estará na pauta e poderiam vê-lo fazer um pronunciamento público", declarou Sullivan. Em seu discurso na Assembleia-Geral, Biden irá se concentrar significativamente na invasão da Ucrânia pela Rússia como uma violação da Carta da ONU, indicou.
Biden também fará anúncios sobre os investimentos do governo norte-americano contra a insegurança alimentar mundial, agravada pela invasão à Ucrânia, acrescentou Sullivan.