Brasileiro é preso por apontar arma contra Cristina Kirchner em Buenos Aires

Suspeito foi identificado pelo jornal Clarín como Fernando Andrés Sabag Montiel, um brasileiro de 35 anos

Por Agência Estado

Uma pessoa assiste a um vídeo em um celular mostrando um homem apontando para a vice-presidente argentina Cristina Fernandez de Kirchner do lado de fora de sua residência em Buenos Aires em 1º de setembro de 2022. - Um homem foi preso quinta-feira na Argentina por apontar uma arma para a vice-presidente Cristina Kirchner ao chegar em sua casa, disse o ministro da Segurança, Aníbal Fernández.
A polícia argentina prendeu um homem que
Uma fonte do governo argentino afirmou ao Clarín que Cristina não percebeu, na hora, que o homem havia tentado atirar contra ela. No momento da tentativa de disparo, ela abaixou para pegar um exemplar de sua biografia que alguém havia pedido para que ela autografasse e tinha caído na rua. Só depois, segundo a fonte, ela entendeu o que aconteceu. No vídeo, é possível ver ela apanhando um livro no chão.
Segundo o funcionário do governo, Cristina está calma, em sua casa, acompanhada do filho Máximo Kirchner e por dois secretários particulares. Ela já conversou com o presidente Alberto Fernández e com vários integrantes do governo, incluindo o ministro da Economia, Sergio Massa.
O caso vai ser investigado pela juíza María Eugenia Capuchetti e pelo Ministério Público. Minutos depois do incidente, a polícia federal argentina formou um cordão policial ao redor da residência.
Outros incidentes
Ainda de acordo com o Clarín, na quarta-feira, Cristina Kirchner já havia sido hostilizada no mesmo local por um entregador, que a insultou na frente dos militantes ao passar diante da residência. Ele foi preso pela Polícia Federal instantes depois.
As tensões na Argentina cresceram desde o pedido da Promotoria da Argentina de 12 anos de prisão contra a atual vice-presidente por acusações de corrupção, no dia 23 deste mês. Apoiadores fazem uma vigília na frente da residência de Kirchner para demonstrar apoio à mandatária, organizada após alguns opositores da líder peronista terem se dirigido a seu apartamento para protestar.
Ao sair do apartamento todos os dias antes de ir despachar no Senado (na Argentina, o vice-presidente comanda a Casa), Cristina saúda todos os dias seus aliados que ali a esperam. Ela repete o gesto à noite, quando retorna.
A vice-presidente é acusada, juntamente com outras 12 pessoas, de supostamente ter orientado enquanto era presidente da República a atribuição de licitações de obras públicas na Província de Santa Cruz, seu berço político, em favor do empresário Lázaro Báez, contra quem os promotores também pediram 12 anos de prisão e apreensão de seus bens. Os pedidos de sentença variaram de 2 a 12 anos de prisão. A pena máxima para esses crimes é de 16 anos.
Kirchner afirma que as acusações contra ela se tratam de perseguição judicial e acusa a promotoria e os juízes de atuarem juntos e ferirem os direitos de defesa.